ANDRÉ SILVA
Apesar do currículo invejável recheado de 28 títulos e medalhas no jiu-jitsu e no judô, a atleta amapaense Tainá Feijão é mais um exemplo de falta de apoio às modalidades individuais. Ela precisa de patrocínio para participar de duas competições este ano. Com 28 anos, ela começou a lutar para se livrar da depressão e do sobrepeso.
Tainá Feijão vai disputar o torneio Mundial de Jiu-jitsu Esportivo, que acontece entre os dias 5 e 9 de junho em São Paulo; e também o São Paulo Open, entre os dias 1º e 2 de julho.
“As competições vieram para me auxiliar. Começou como desafio pessoal. Os resultados se mostraram positivos e aí eu fui em busca de resultados melhores”, lembrou a atleta.
Tainá Feijão nasceu no Pará, mas foi criada no Amapá. A primeira conquista veio com a primeira competição, o Campeonato Brasileiro Região Norte, em Belém. Daí não parou mais. Ela é Bicampeã Pan-americana, medalhista em cinco campeonatos brasileiros, Bicampeã norte Brasil, vice-campeã paulista, campeã da Copa Vasco, entre outros.
Além de jiu-jitsu, a atleta luta também judô. Até agora foram duas participações em competições e dois pódios.
Ela se queixa das mesmas coisas que a maioria dos atletas do Estado: falta de patrocínio. As dificuldades para manter os treinos e custear as viagens são os maiores desafios que ela enfrenta. A família de Feijão se juntou à causa e vende doces para ajudar nos gastos com suplementos e academia. Segundo a atleta, a ajuda vem dando resultado.
“O grande empecilho para ir às grandes competições é sair do Estado. É muito difícil e caro. Os atletas do Pará, por exemplo, têm mais facilidade porque eles conseguem chegar de carro até os grandes polos de competição que são Rio de Janeiro e São Paulo”, comparou a atleta.
Ela pretende embarcar no próximo dia 28 para ter mais uns dias de treino no local da competição. A atleta disponibilizou um número de telefone para quem puder e quiser ajudar nesse projeto: 98133-6424 (Gê Publicidade).