Clonagem vegetal auxilia produção agrícola no AP

Tecnologia é desenvolvida há 17 anos no Estado por meio de parceria entre o Iepa e o Rurap. Expectativa do projeto é comercializar cerca de 50 mil mudas de banana até 2018
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DA REDAÇÃO

Uma muda de banana que pode gerar outras 300. Plantas como essa, geneticamente melhoradas, que podem produzir até 40% a mais do que as convencionais e em até 11 meses a menos.

O aperfeiçoamento de técnicas agrícolas por meio da clonagem vegetal em produtos como banana, abacaxi, mandioca e orquídeas já é uma realidade no Amapá há 17 anos. O Estado foi o primeiro na Amazônia a adotar o procedimento, também conhecido como multiplicação in vitro, que permite o plantio de mudas resistentes a pragas e doenças.

O governo do Estado já realizou, desde 2000, a doação de mais de 400 mil mudas de banana e abacaxi para produtores rurais. Agora, o projeto, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), pretende comercializar pelo menos 50 mil mudas de banana até o fim de 2018. 

Segundo informações do Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais (LCTV), que aperfeiçoa a técnica, com a tecnologia, agora já em expansão, será possível produzir plantas mais resistentes e com tempo otimizado, gerando mais potencial de comercialização e economia na produção, ajudando principalmente a impulsionar a agricultura familiar.

Banana é um dos produtos agrícolas beneficiados com a técnica desenvolvida pelo LCTV. Foto: arquivo/SELESNAFES.COM

Na comercialização das plantas clonadas, os produtores locais poderão pagar R$ 2 por mudas prontas para o plantio, medindo de 20 a 30 centímetros e com alta qualidade fitossanitária, segundo o LCTV.

Tecnologia pode beneficiar agricultura familiar e de longa escala

O engenheiro agrônomo e coordenador do LCTV, Marcelo Carim, explica que a técnica de clonagem vegetal é o processo de produção de mudas in vitro em laboratório sob condições adequadas de assepsia, nutrição e ambiente controlado.

“É um material genético de alta qualidade e objeto de um longo complexo de melhoramento. Além disso, Estas mudas possuem a vantagem de produzir 40% a mais que as plantas convencionais”, disse o engenheiro agrônomo.

Carim avaliou também que os resultados da adoção da multiplicação in vitro no Amapá são promissores e podem beneficiar tanto a agricultura familiar como a de grande escala.

“O laboratório produz uma muda de qualidade, isenta de pragas e doenças. Essa muda tem vigor, capacidade de produzir um fruto com grande aceitação comercial”, concluiu.

 

Foto destaque: Maksuel Martins/SECOM

Seles Nafes
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