Funcionário do Super Fácil é preso “vendendo” documentos de veículos

Acusado estava de férias e voltou ao serviço operando o esquema nas redes sociais. Polícia e Detran investigam o caso há um mês
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OLHO DE BOTO

Um servidor da Agência Super Fácil Zona Sul foi preso no início da tarde desta quinta-feira (4) acusado de receber dinheiro para entregar documentos originais de veículos para pessoas que não eram proprietárias. Bruno Johann da Silva Teixeira, de 21 anos, operava um esquema em que oferecia pelas redes sociais o Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV) para qualquer pessoa que não fosse proprietária.

O departamento de inteligência do Detran investigava o acusado há cerca de um mês e aguardava que ele voltasse de férias para realizar o flagrante. O trabalho foi feito em cooperação entre o órgão de trânsito, a Polícia Civil, BRPM e Ministério Público do Amapá.

Confira abaixo, uma conversa do acusado com uma pessoa supostamente interessada na compra do CRLV.

De acordo com o sargento Edvaldo Pascoal, da equipe de investigação do Detran, o servidor, que também é estudante universitário e atendia no box da agência entregando documentos, oferecia o serviço pela internet e até dentro de sua faculdade a documentação que deve ser de exclusividade do proprietário pelo valor de R$ 100.

“A prisão foi feita através de denúncias, ele estava sendo investigado há um mês, chegamos até a identidade dele no dia de hoje. Descobrimos de quem era o telefone e descobrimos que ele já havia entregue dois documentos hoje”, explicou o sargento.

O sargento Pascoal disse ainda que a prática já era rotina no Super Fácil e que o procedimento ilegal estava municiando pessoas com veículos clonados na cidade que estavam em posse de documentos originais e passando normalmente pela fiscalização.

Polícia esperou o funcionário voltar de férias para efetuar o flagrante. Fotos: Olho de Boto

Bruno Johann da Silva Teixeira é funcionário de contrato administrativo. O rapaz foi apresentado ao delegado de plantão pelo crime de corrupção passiva. As pessoas que compraram o CRLV podem responder no inquérito e ser indiciadas, segundo o policial.

“Estavam todos cientes que não eram os proprietários. O esquema estava escancarado, as pessoas mantinham contato via Whatsapp e marcavam em um lugar fora do super fácil para entregar”, finalizou.

Seles Nafes
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