ANDRÉ SILVA
O Instituto Federal do Amapá (Ifap) procurou o portal SELESNAFES.COM para responder sobre a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) de que não estaria utilizando o sistema de cotas em seu último concurso público.
No último dia 3, o MPF havia divulgado nota sobre uma recomendação que o órgão emitiu ao Ifap acerca do que foi alegado por candidatos que participaram do certame no ano de 2015. Segundo a divulgação, o instituo tinha chegado a um acordo para que as próximas seleções fossem realizadas de forma geral e não mais divididas por unidades, para facilitar a adoção do sistema de inclusão.
De acordo com o MPF, o concurso público de 2015 demandou muitas reclamações na Justiça, pois, para os candidatos que têm direito às cotas, como portadores de necessidades especiais, negros e pardos, não era efetiva a disponibilização dessas vagas.
O Ifap afirmou que oferecia as vagas e entende que a metodologia aplicada ao edital pode ter confundido os candidatos, por isso, no próximo concurso, as vagas ficaram mais perceptíveis.
“Eles acreditavam que a reserva dessas vagas não era efetiva. Qual a razão disso? A fragmentação dos cargos que na nossa visão na época era essencial”, explicou Diogo Moura, diretor de gestão de pessoas do Ifap.
Ele continua a explicação sobre como as vagas eram ocupadas.
“Se eu abrir dez vagas para professores de língua portuguesa as cotas vão ser claramente percebidas (o terceiro candidato será cota, o quinto portador de necessidades). Só que quando a gente distribui as dez vagas em unidades, acontece a fragmentação dos cargos, então a percepção dessas vagas não ficava clara e isso era motivo de ajuizamento de demanda e denuncias no MPF” concluiu.