Sem laudo de constatação, acusado de tráfico de ecstasy é solto

Politec alega que exame é complexo, mas prometeu antecipar laudo final
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DA REDAÇÃO

Em audiência de custódia neste domingo (2), foi concedida liberdade provisória, sem pagamento de fiança, para Robson Ferreira Sales Júnior, de 24 anos, preso no mesmo dia, portando 254 pílulas de ecstasy, em sua casa no Bairro Jesus de Nazaré.

O acusado foi solto porque o laudo parcial da Politec não identificou a substância ilícita no material com que o jovem foi preso.

De acordo com o exame de constatação feito pela Politec, parte das pílulas apreendidas são compostas por ácido debocaína, substância que não é proibida pela Anvisa. O produto conteria cogumelo, cipó, e outras substâncias. 

Segundo a defesa de Robson Ferreira Sales Júnior, parte dos comprimidos encontrados com ele são analgésicos.

“Ele alegou que é relaxante muscular. Para manter a prisão, é necessária a constatação da materialidade delitiva, por isso coube relaxamento de prisão”, explicou o advogado de defesa, Hugo Silva.

Advogado Hugo Silva: sem constatação

Robson Júnior foi preso e descoberta a presença das substâncias em sua casa no domingo. Fotos: Leonardo Melo

Porém, o portal SELESNAFES.COM apurou com a perícia que se trata realmente de ecstasy a droga encontrada com o acusado.

O laudo definitivo deve sair até a quarta-feira (5) e se confirmada a presença da substância, a prisão preventiva de Robson Ferreira Sales Júnior pode ser decretada.

O diretor da Politec, Salatiel Guimarães, explica que o ecstasy, por ser uma droga sintética, tem um exame mais complexo e leva mais tempo para a emissão do resultado de laudos comprobatórios.

“Não dá pra dar o laudo em 24h e por isso não foi emitido até a audiência de custódia. Às 9h já saiu o resultado e deu positivo pra uma das substâncias, o laudo será descrito e trabalhado”, disse Guimarães.

Dentre as medidas também tomadas pela Justiça, o réu fica obrigado a estar em casa às 19h todos os dias e está proibido de frequentar locais que comercializem álcool ou qualquer tipo de droga e festas, principalmente raves.

Robson Ferreira já foi preso por roubo em 2010 e foi condenado a cumprir 10 meses no regime semiaberto.

Versão do acusado em depoimento: “a droga pertence a Paraná”

No interrogatório da Polícia Civil e na sentença proferida na audiência de custódia, o acusado conta que recebeu o produto de um indivíduo de nome Paulo, conhecido na cidade como “Paraná”.

Robson Ferreira Sales Júnior disse não ser traficante e que estava guardando as pílulas para Paraná, que no domingo ligou e pediu para que entregasse 20 das 254 pílulas para um rapaz que passaria em sua residência, no Bairro Jesus de Nazaré. Segundo Robson, foi o momento em que foi abordado pela polícia e preso.

DTE realizou três operações de apreensão no fim de semana

O suposto traficante dono da droga não seria do Estado e ficava em hotéis em Macapá, realizando a distribuição de ecstasy e maconha pela cidade.

Somente neste fim de semana, a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) da Polícia Civil do Amapá realizou 3 operações de prisão em flagrante de indivíduos que comercializavam ecstasy e outras drogas em festas raves em Macapá.

Seles Nafes
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