Usuário preso diz que chegou a fumar 90 porções num dia

Homem de 39 anos estava sendo procurado por furto. Ele trocava mercadorias por drogas no Bairro Nova Brasília
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OLHO DE BOTO

Policiais do Comando de Operações Especiais (COE) do Bope do Amapá prenderam duas pessoas e apreenderam 115 porções de crack no município de Santana, na noite desta quarta-feira (12). Um dos presos revelou consumir uma quantidade absurda de drogas, diariamente, e há mais de duas décadas.

As prisões começaram por uma casa no Bairro Central de Santana, depois que policiais receberam a informação sobre o paradeiro de um foragido da justiça. Mozandir Corrêa Marreiros, de 39 anos, tem mandado de prisão por furto.

Aos policiais, ele disse que trocava as mercadorias furtadas por crack, e indicou onde conseguia o produto.

“Ele confessou que fazia esses pequenos furtos para trocar os objetos por drogas num local no Bairro Nova Brasília. A equipe se deslocou para lá, e o Canil do Bope foi acionado. Foram encontradas 115 porções”, relatou o tenente Hércules Lucena, do Bope.

115 porções apreendidas na casa de Rosângela Guedes. Fotos: Olho de Boto

Os entorpecentes estavam escondidos no quintal perto de um bloco de tijolos. Só com a ajuda do cão farejador foi possível encontrar o produto. Durante a operação, moradores relataram que a casa é muita frequentada por usuários de drogas.

No imóvel, que fica na Avenida Euclides da Cunha, os policiais prenderam Rosângela Jucá Guedes, de 31 anos. Ela negou ser a dona da droga, mas foi conduzida para a UPC do Igarapé das Mulheres, onde funciona a 1ª Delegacia de Polícia de Santana.

Na DP, Mozandir Marreiros confessou ser viciado em drogas desde os 20 anos. No auge do vício, garantiu ter fumado 90 pedras de crack num só dia. Atualmente, com a crise financeira, o consumo teria caído para 2 a 3 porções por dia.

Mozandir Marreiros: Quanto mais a pessoa fuma, mais ela quer

Dona da residência negou ser traficante

Em conversa com o portal SELESNAFES.COM, ele disse que não estava mais roubando para trocar por drogas, e que estava trabalhando ultimamente para sustentar o vício.

“A gente não tem uma medida certa (de consumo). Se tiver 1 mil ou 2 mil a gente usa. Quanto mais a pessoa fuma, mais ela quer. (…) Com a crise caiu para 3, graças a Deus. Há males (crise) que vêm para bem”, concluiu.

Foi a terceira prisão de Mozandir Marreiros por furto.

Seles Nafes
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