Desocupação no Jandiá pode durar mais de 24 horas

Mais de 1,5 mil pessoas estão sendo retiradas do terreno da Infraero.
Compartilhamentos

ANDRÉ SILVA

A Polícia Militar do Amapá calcula a necessidade de mais de 24 horas para a retirada das mais de 1,5 mil pessoas que ocupam uma área no Canal do Jandiá, zona norte de Macapá. A reintegração de posse, que iniciou às 6h desta segunda-feira, 25, foi determinada pela Justiça Federal, e faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2014 entre o governo e a prefeitura, para retomar áreas invadidas da Infraero.

Reintegração iniciou às 6h desta segunda-feira Foto: André Silva

A Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims) mapeou 310 famílias vivendo em situação de risco no local.  Segundo os moradores, a reintegração não foi comunicada previamente.

“A gente já acordou com a polícia na porta de casa avisando o que estava acontecendo”, lamentou a serviços gerais  Leandra Vanessa, de 29 anos. Ela mora com o filho, que é portador de deficiência, e com a mãe, que também necessita de cuidados especiais, diz a mulher.

Mais de 1,5 mil pessoas terão de deixar o local Foto: André Silva

Aproximadamente 50 mil metros quadrados de área estavam ocupadas irregularmente. O terreno está dentro da faixa de segurança do novo aeroporto de Macapá. Para impedir novas ocupações serão construídos uma mureta de proteção e uma calçada no entorno do canal.

A desocupação está ocorrendo de forma pacífica e, segundo o comandante do Bope, Paulo Matias, a movimentação está superando a expectativa. Ele acredita que serão necessárias mais de 24 horas para a desocupação total da área.

Famílias viviam em situação de risco, segundo a Sims Foto: André Silva

“Existem vários caminhões e caçambas ajudando na retirada dos objetos dessas pessoas. Provavelmente amanhã [terça-feira] já tenha finalizado a desocupação”,  acredita o comandante.

Barracos e casas tiveram de ser destruídas Foto: André Silva

Segundo a Sims, das 310 famílias, 144 foram contempladas com apartamentos no Macapaba 2. Outras 52 famílias estão cadastradas no Programa Minha Casa Minha Vida, mas encontram-se com pendências documentais na Caixa Econômica Federal. As demais, informou a secretaria, não se interessaram em participar do programa. O Estado afirmou que vai garantir o aluguel social para 56 famílias que não têm para onde ir.

Outras 58 famílias, segundo a secretaria, não demonstraram interesse em acessar o Minha Casa Minha Vida e nem o aluguel social.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!