Com pai executado e mãe presa, menina vivia drama

Maria Clara, de 13 anos, encontrada morta, praticava pequenos furtos para sobreviver com os irmãos órfãos
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OLHO DE BOTO

A Polícia Civil do Amapá começa a esclarecer o homicídio de uma adolescente de apenas 13 anos, cujo corpo foi encontrado na tarde da segunda-feira (3), numa área de mata que pertence ao Ibama, no Bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá. As primeiras informações levantadas pela polícia revelaram o drama social enfrentado pela vítima e os irmãos dela.

A adolescente foi identificada como Maria Clara Dias Gonçalves, de 13 anos. Há informações de que ela foi vista pela última vez com vida na segunda-feira pela manhã em frente a uma escola, mas os investigadores só conseguiram confirmar até agora que ela estava no domingo (1º) à noite na casa de uma família que já prestou esclarecimentos.

Maria Clara tinha 3 irmãos menores, e a mãe está cumprindo pena por tráfico no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A situação piorou quando o pai dela foi executado por criminosos em agosto deste ano.

Crime sexual não foi descartado. Foto: Reprodução WhatsApp

“Ela tem um histórico de tristeza. Estava morando em casas diferentes, e estaria cometendo pequenos furtos no bairro para sobreviver com os irmãos. Estavam se virando para viver”, enfatizou o delegado de Homicídios, Ronaldo Coelho, que ouviu um irmão da menina.

Maria Clara foi encontrada morta com sinais de violência. Havia marcas de facadas e golpes na cabeça produzidos por um tijolo. As calças da menina também estavam abaixadas até a altura dos joelhos, mas a polícia ainda não comprovou se houve violência sexual. O motivo da morte ainda é desconhecido.

“Dívida com drogas ou por ter feito algum furto, e algumas pessoas, para se vingar, podem ter cometido essa atrocidade. Não descartamos nenhuma hipótese, inclusive o crime sexual”, frisou o delegado.

Delegado Ronaldo Coelho: histórico de tristeza

O local onde a menina foi encontrada é considerado extremamente perigoso no bairro.

“É uma área de mata e de difícil acesso. Só vai quem conhece a área, e frequenta lá. É um local onde só se reúne a nata da malandragem”.

A Delegacia de Homicídios está divulgando o WhatApp do Disque Denúncia: 99202-6000.

Seles Nafes
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