Procurador do AP é condenado por homicídio

Julgamento demorou 9 anos para ocorrer, e durou 13 horas
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SELES NAFES

Após 13 horas de julgamento, o procurador de Justiça aposentado do Ministério Público do Amapá, Ernandes Lopes Pereira, de 69 anos, foi condenado a 16 anos de prisão, por homicídio qualificado. O júri ocorreu na cidade de Eusébio, município a 15 quilômetros de Fortaleza (CE), onde o crime aconteceu.

Os jurados concordaram com a tese do Ministério Público do Ceará, que denunciou o procurador por homicídio doloso, com motivo torpe. A vítima foi o delegado de polícia Cid Júnior, que tinha 60 anos. O crime ocorreu em 2008, na casa de praia do procurador que fez carreira no Amapá.

O delegado, que era amigo de infância do procurador, foi morto com um tiro na cabeça com a pistola de Ernandes Pereira. Segundo os autos do processo, os dois bebiam juntos desde cedo, quando o tiro foi disparado.

A defesa é feita pelo advogado do Amapá, Maurício Pereira, que alega um tiro acidental no momento em que o procurador mostrava a pistola para o delegado. O MP defende que o crime foi deliberado.

O procurador foi preso em flagrante, e chegou a ficar um ano e meio detido em um quartel do Corpo de Bombeiros. Nos últimos nove anos, recursos foram julgados até no Supremo Tribunal Federal (STF) para desqualificar a denúncia, mas nenhum prosperou.

O plenário do tribunal do júri da comarca de Eusébio ficou lotado de amigos do delegado Cid Júnior, que era extremamente popular no Estado do Ceará. O julgamento iniciou na quinta (26), e só terminou quase no fim da noite.

Como se trata de julgamento em primeira instância, o procurador vai aguardar o recurso em liberdade.

Seles Nafes
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