Servidores do Imap são conduzidos pela PF

Funcionários são acusados de atrapalhar as investigações. Policiais também cumpriram mandados de busca
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DA REDAÇÃO

Dois servidores do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap), suspeitos de atrapalhar investigações, foram conduzidos para prestar depoimento na sede da Polícia Federal, em Macapá, na manhã desta quarta-feira (11). Foi durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva da Operação Protocolo Zero, desdobramento da Operação Quantum Debeatur.

A Polícia Federal não divulgou os nomes dos servidores que foram conduzidos, mas informou que eles já estavam afastados das funções. O portal SELESNAFES.COM apurou que os mandados foram cumpridos em bairros da zona norte da capital.

Em agosto, na 2ª fase da Quantum Debeatur, o então diretor substituto do Imap, Nilton da Silva Pereira, emitiu dois ofícios para a PF com respostas diferentes para justificar o fato de documentos do Imap terem sido encontrados na casa do ex-presidente do instituto, Luís Henrique Costa.

Os processos administrativos deveriam estar guardados no órgão. Por isso, Costa foi preso em flagrante por ocultação de documentos públicos. Ele é casado com uma servidora do Imap, também afastada das funções.

No primeiro ofício, no dia da prisão do ex-presidente, o diretor substituto afirmou em ofício à PF que não existia o registro de saída dos documentos. No dia seguinte, em novo ofício, ele mudou a versão, afirmando que havia o respaldo do órgão para a saída dos processos em nome da servidora do Imap Luciana Serafim, esposa de Costa. A mudança foi considerada pelos investigadores uma tentativa de embaraçar as investigações.

Arquivo na cozinha: agente cumpre mandado de busca em residência de servidor do Imap. Fotos: PF/Divulgação

A PF e o MPF investigam um esquema montado por funcionários do Imap para conceder créditos de reflorestamento a empresas madeireiras, sem que elas de fato possuíssem esses benefícios. Com isso, elas conseguiam permissão para extrair madeira. O esquema teria movimentado mais de R$ 2 milhões.

Em resposta, o governo do Estado exonerou e afastou os servidores investigados. Eles  são acusados de embaraçar investigação criminal que envolve organização criminosa,  obstrução de justiça, falsidade ideológica e advocacia administrativa.

Seles Nafes
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