Acácio nega que propina pagou por apartamento

Segundo o MP, entrada de apartamento foi paga com propina da Mineradora Zamin
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SELES NAFES

O presidente da Câmara de Vereadores de Macapá, Acácio Favacho (PROS), negou ao portal SELESNAFES.COM que tenha sido beneficiado com propina paga pela Zamin ao irmão dele, Júnior Favacho, segundo apontou denúncia do Ministério Público do Estado, nesta terça-feira (28).

“Eu mesmo esclareci durante as investigações que o dinheiro utilizado na compra do apartamento é meu. Eu dei o dinheiro ao meu advogado, Daniel Dias, para fazer o pagamento”, garantiu o vereador.

Segundo o MP, em 2013, o advogado Daniel Dias era assessor do então presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Favacho (PMDB), quando recebeu mais de R$ 10,5 milhões da Zamin por meio da Genpower Energy. A empresa teria sido usada como laranja para mascarar o pagamento da propina.

De acordo com o MP, o suborno teria apressado, na Assembleia Legislativa do Estado, a anuência para que a Zamin pudesse substituir a Anglo Ferrous na exploração de minério de ferro no Estado. A anuência foi aprovada em tempo recorde, apenas 3 dias. 

Um dos cheques que saiu da conta de Daniel Dias com dinheiro da Zamin, afirma o MP, foi usado num contrato de intenção de compra e venda de um apartamento em um condomínio na região metropolitana de Belém. O imóvel estaria sendo comprado por Acácio Favacho.

“Esse investimento está declarado em meu nome. Eu falei com o promotor (Afonso Guimarães) e comprovei. Eu dei o dinheiro pro Daniel que pagou da conta pessoa física dele. Isso foi bem esclarecido, comprovo os imóveis que tenho, fiz um (empréstimo) consignado para isso. (…) Não sei por que o promotor citou meu nome, já que não estou denunciado”, acrescentou Acácio Favacho.

Segundo o promotor Afonso Guimarães, o presidente da Câmara não foi denunciado porque não ficou comprovada a participação dele nas negociatas que geraram o pagamento da propina.

“No depoimento, ele (Acácio) não soube explicar como o pagamento foi feito. Mas estamos solicitando o bloqueio desse valor (da entrada do apartamento, cerca de R$ 28 mil), e de um Fusion comprado por R$ 60 mil também com dinheiro da conta de Daniel Dias”, revelou o promotor. 

Seles Nafes
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