Em Oiapoque, no extremo norte do Brasil, onde exerce a função de professor de educação física na rede pública municipal, que o escritor se deu conta que existia uma inquietação interior, e que só foi sanada com pequenas anotações que eram sempre escritas às margens do rio Oiapoque.
“Hoje sei que minhas angústias eram o meu EU querendo traduzir em palavras a minha natureza, e que só é sanado com minha poesia”, diz Marven.
Em Oiapoque sua maior fonte de inspiração é a floresta e o rio, onde ocorre o vai e vem dos barcos.
Mais toda sua criatividade sempre esteve na gaveta e entre seus arquivos, só vindo à tona depois do segundo casamento, com a professora e doutora em ciências sociais, Natália Ribeiro. Foi ela que incentivou Marven a compartilhar seus trabalhos em redes sociais e revistas de poesia como a “Filhos”, que já publicou várias poesias do artista.
Atualmente, Marven é constantemente convidado para participar de eventos literários. Em 3 anos divulgando seus trabalhos, já foi premiado várias vezes, e recebeu do Conselho de Cultura do Amapá a Moção Destaque Cultural. Atualmente, frequenta rodas de notáveis como Fernando canto e Alcinéa Cavalcante.
Em dezembro, com data ainda não definida, o artista lançará seu primeiro livro: “Oiapoque In Blues”, que contará com poesias inéditas e a trajetória do poeta desde que chegou ao Amapá.
“O livro tem esse título porque quando eu cheguei em Oiapoque, há 10 anos, não havia terminal rodoviário e o ônibus chegava na praça do Centro, lá pelas 3h da madrugada (risos). E o que me chamou a atenção foi um boteco que contrastava com toda cena local tocando um blues. Amei isso!”