ANDRÉ SILVA
Dependentes químicos retirados da área conhecida como “cracolândia”, na orla de Macapá, receberam orientação de saúde e atendimento psicológico e de conscientização, antes de saírem do local. Eles foram orientados a deixar as ruas, voltarem para suas casas ou procurarem centros de recuperação.
Os trabalhos na arquibancada e campo de futebol em frente à Residência Oficial do Governo, onde ficava a cracolândia, iniciaram na sexta-feira (24). Equipes da Secretaria Municipal de Obras taparam os buracos que ficam embaixo da estrutura para impedir que as pessoas voltem para lá.
O secretário de Assistência Social de Macapá, Lucas Abraão, disse que antes da intervenção da prefeitura, houve um trabalho técnico assistencial e clínico médico para aproximadamente 20 pessoas naquele local.
“Sentimos que a ideia da intervenção já estava bastante amadurecida e então fomos, e sugerimos a eles que retornassem ao seio familiar ou para abrigos. O grande mote da ação é a reintegração deles à família. A população esperava uma resposta da prefeitura e nós respondemos de forma humanizada”, falou o secretário.
A biomédica Maiara Cristina falou que sempre caminha próximo ao local. Ela diz que não se sentia muito segura ao passar por ali. A mulher e outras amigas estão se preparando para o teste de aptidão física para o concurso da Policia Militar.
“A gente tinha medo. Tinha dias que a gente não vinha. Nós aproveitávamos quando havia mais pessoas por aqui para poder treinar. A sensação de segurança aumentou e o treino agora começa um pouco mais tarde”, falou a candidata.
Além das pessoas que moravam na cracolândia na orla, há muitas outras que estão ocupando áreas do entorno do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal) e do Hospital de Emergências, durante a noite.