Na COP 23, Davi lamenta aumento do desmatamento no Amapá

No restante da Amazônia, houve redução de 16% na derrubada de mata nativa
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DA REDAÇÃO

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 23, em Bonn, na Alemanha, o senador Davi Alcolumbre (DEM) lamentou que no Amapá o desmatamento tenha avançado, ao contrário do que vem sendo registrado no restante da Amazônia.

No último dia 17, o governo federal divulgou que o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 16%, entre agosto de 2016 e julho deste ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foi a primeira vez que isso ocorreu em quatro anos.

Em 2015 e 2016, a área desmatada havia aumentado 27%. Entre 2014 e 2015, o crescimento foi de 24%. O Amapá foi o único entre os 9 estados da Amazônia Legal a registrar aumento. O crescimento foi de 82%.

Davi Alcolumbre com representantes do Congresso: ciclo interrompido, mas não no Amapá. Fotos: Divulgação

Senador disse que vai levar pauta para o Congresso

O senador, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, disse que foi importante parar o ciclo de desmatamento no restante da Amazônia, mas lamentou o que vem ocorrendo no Amapá.

“A redução de 16% na Amazônia teve o esforço dos estados e, claro, é inaceitável que a gente tenha o crescimento do desmatamento na Amazônia brasileira, em especial no Amapá que é o Estado mais bem preservado do país. O descontrole do desmatamento, em especial na Amazônia, é preocupante, porque o desmatamento é em sua maior parte ilegal e não se reflete no PIB do país”, ressaltou Davi Alcolumbre.

Davi é o único representante do Amapá no evento que começou na semana passada e debate a implementação do Acordo de Paris, que prevê a diminuição dos gases causadores do efeito estufa.

Apesar da redução, o Brasil ainda registra altos índices de derrubada de matas nativas. Foram mais de seis mil quilômetros quadrados no último ano. Por outro lado, o índice de poluição aumentou e as emissões de gases de efeito estufa crescerem em 9%. É o sétimo país que mais polui a camada de ozônio e o primeiro da América Latina.

Representantes do Congresso Nacional na COP 23

COP debate o cumprimento do Acordo de Paris

O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado reforçou o interesse do parlamento em levar o tema ambiental para a pauta do Congresso Nacional.

“Estamos fazendo uma reunião no Espaço Brasil com parlamentares brasileiros que estão na COP, junto com os demais participantes, com as entidades da sociedade civil, representantes dos povos indígenas, de empresas e de governos para discutir a agenda que o Congresso brasileiro precisa cumprir para ajudar a implementar o acordo do clima e combater a mudança climática” afirmou Davi. A COP 23 terminará nesta semana.

Seles Nafes
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