Parentes pedem investigação de mortes em ataques de “carro preto”

Mortes ocorreram no início da semana. Dois jovens mortos eram trabalhadores e sem passagens pela policia
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OLHO DE BOTO

Moradores da zona sul de Macapá fizeram um protesto no início da noite desta terça-feira (7) exigindo a investigação aprofundada de duas mortes ocorridas no início desta semana. Dos quatro baleados por um criminoso num carro preto, dois morreram e não tinham passagens pela polícia.

As vítimas foram o atendente de padaria Anderson Kleber Cardoso, de 25 anos, e o borracheiro Anderson Nascimento dos Reis, de 22 anos. Os dois foram mortos no fim da noite de domingo (5), numa sequência de ataques a tiros pela capital que deixou outros dois homens feridos.  

Nesta terça, moradores, amigos e parentes das vítimas percorreram ruas e chegaram a fechar um cruzamento no Buritizal. A manifestação se concentrou na Avenida 13 de Setembro, esquina da Rua Minas Gerais, próximo à comunidade do Cuba de Asfalto.

Protesto começou bloqueando cruzamento no fim da tarde. Foto: Kairo

E se estendeu pela noite

Telma Saraiva, mãe de Anderson Kleber, disse que o filho foi morto por profissionais. Foram pelo menos 8 tiros.  

“Ele saiu de casa às 23h para deixar minha filha no Nova Esperança, quando o carro preto apareceu e nem deixou ele se defender. Quem atirou era profissional. Ele (Anderson) me ajudava, era trabalhador, era o único filho homem que eu tinha. Amanhã podem ser filhos de outros”, protestou a mãe.

O pai do outro rapaz assassinado também estava na manifestação.

“Um carro preto chegou e começou a atirar neles, sem eles fazerem nada. Meu filho trabalhava como borracheiro comigo na minha oficina. Quem trabalhava mais era ele, e todos sabem disso. Morreu inocentemente junto com o filho dela. A população está chocada com o que está ocorrendo. Não tinha uma viatura no bairro quando isso aconteceu”, comentou Ozéias Reis, pai de Anderson Nascimento dos Reis.

PM foi chamada, mas apenas acompanhou o protesto que foi pacífico

Parentes de outros mortos por criminosos no carro preto em outubro também participaram do protesto.

“É gente inocente que está morrendo. Se a Secretaria de Segurança não se mexer eles vão continuar matando gente inocente”, alertou Valéria Gama, cunhada de Stanley Lobato, serviços gerais que trabalhava no Instituto de Meio Ambiente do Amapá (Imap), e foi morto também por criminosos num carro preto, no Bairro do Buritizal, na noite de 19 de outubro.  

A Polícia Militar foi acionada para o local, mas a manifestação ocorreu pacificamente. Após os pedidos de justiça, o trecho foi desbloqueado pelos moradores.

Seles Nafes
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