Vítimas do Novo Amapá recebem homenagens em Santana

Cemitério de Santa Ana foi muito visitado pela manhã
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De Santana, FERNANDO SANTOS

Santa Ana, o único cemitério do município de Santana, cidade a 17 quilômetros de Macapá, atraiu milhares de visitantes nesta quinta-feira (2), Dia dos Finados. O local que existe desde o ano de 1974, e reúne mais de 15 mil pessoas enterradas.

Um esquema de segurança foi montado e vendedores ambulantes aproveitaram para comercializar seus produtos, enquanto os santanenses aproveitavam o momento para homenagear seus entes queridos. 

Nem mesmo o sol forte conseguiu afastar parentes e amigos. Em cada sepultura, pessoas demonstraram  saudades de pais, mães, filhos e irmãos. Dona Maria Quitéria esteve acendendo velas para o marido, João Martins, que morreu em 1995, vítima de infarto fulminante.

“Sinto muitas saudades dele e sinto que ele sempre me acompanha. Me deixou muito cedo, mas deixou três filhos para me ajudar. Rezo muito por ele e sei que está num bom lugar”, disse.

Lápide com mais de 300 nomes. Fotos: Fernando Santos

Faixa homenageia morador de Santana

Um dos espaços mais visitados são as valas onde estão enterradas as mais de 300 vítimas do naufrágio do barco Novo Amapá, ocorrido em 1981. Os culpados nunca foram responsabilizados.

A segurança interna do cemitério foi de responsabilidade do Defesa Civil que disponibilizou cerca 30 homens espalhados em toda a área afim de coibir os casos de roubos e furtos. 

“Estamos aqui para garantir a tranquilidade da população visitante e até agora nenhum incidente foi registrado”, disse o coordenador da Defesa Civil Antônio Lima.

Cemitério tem mais de 15 mil sepulturas

Cruzeiro já vazio no fim da manhã

A Polícia Militar desenvolveu a “Operação Finados” na área do entorno do logradouro. Além disso, fez o controle do trânsito e estacionamento nas vias dos arredores do local. Em frente ao cemitério, os ambulantes abusaram na variedade de itens. De comida à coroa de flores, podiam ser encontrados.

“A gente tem que aproveitar, pois a situação está muito difícil. Tomara que até o fim do dia eu consiga vender todas as minhas coroas de flores”, afirmou Álvaro Pantoja.

Funcionários e Defesa Civil Municipal cuidaram da segurança

Ambulantes na frente do único cemitério de Santana

Seles Nafes
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