CÁSSIA LIMA
Familiares das vítimas de homicídios no Amapá pedem mais segurança, ao poder público. Nesta terça-feira (5), ele fizeram a “Carreata da paz”, e cobraram uma resposta imediata para os casos onde há insegurança, com destaque para os crimes praticados por alguém em um carro preto.
A manifestação iniciou às 8h30, na Praça da Caixa D’água, no bairro Buritizal, e seguiu pela Avenida FAB, em frente ao Tribunal de Justiça e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Amapá.
Uma das famílias presentes na manifestação, era a de Fernando da Silva, de 26 anos, morto com um tiro na nuca por um policial militar, no dia 18 de fevereiro. Quase 10 meses depois, a tia da vítima, Vera Lucia, de 54 anos, ainda chora a perda do sobrinho.
“O Fernando era um menino bom, trabalhador, muito comunicativo, alegre e amado por todos. Esse período sem ele está sendo muito difícil. O que mais doí é saber que ninguém está fazendo nada por ele”, lamentou.
Ao todo, dez familiares estavam presentes. Algumas das vítimas morreram em confronto com a polícia, outras, foram alvo do “carro preto” e do “carro vermelho”, que tem causado mortes em Macapá.
“O objetivo da nossa carreata é clamar por Justiça. Existem aqui famílias querendo respostas. O Ministério Público não faz nada, a polícia não dá resposta. São famílias que perderam seus entes queridos e não têm resposta”, disse o organizador da carreata, Mateus Silva, de 19 anos.
A dona de casa Telma Mourão Feitosa, de 54 anos, também estava na manifestação. Ela é mãe de John Lenon Mourão Feitosa, de 34 anos, morto há 45 dias por alguém no carro preto, no bairro Marabaixo.
“Meu filho era um pai de quatro filhos e tinha esposa. Ele era feliz, e fazia de tudo pela família. Doí muito, mas o que a gente pergunta é quem vai nos dar Justiça?”, questionou a mãe.