LEONARDO MELO
O Ministério Público do Amapá informou que vai processar o médico ultrassonografista que se recusou a atender pacientes na manhã desta sexta-feira (29), no Hospital de Emergência de Macapá. O nome dele não foi divulgado pelo HE, nem pelo MP.
O médico deveria estar de plantão desde as 7h. Havia oito pacientes à espera dele, entre eles uma idosa de 97 anos.
Por coincidência, uma equipe do MP, acompanhada de representantes da Secretaria de Infraestrutura do Estado e da Sesa, estava inspecionando o atendimento no HE quando a situação foi detectada.
O médico só apareceu por volta das 11h, depois de ser acionado pela direção do hospital. No entanto, segundo testemunhas, ele chegou irritado e teria chegado a destratar a promotora de Justiça, Fábia Nilci, achando que ela era uma funcionária da administração do hospital.
Ele se recusou a atender, pediu demissão e foi embora. O episódio foi presenciado pelas equipes do MP, HE e Seinf, e registrado pelo diretor do hospital, Waldir Bitencourt, que encaminhou o caso para o MP e Sesa.
Em nota à imprensa, o MP informou que tomará “medidas cabíveis” contra o médico.
Além do HE, a inspeção passou pelo Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), onde o MP constatou atraso na entrega de um novo bloco. A Seinf informou que rescindiu contrato com a construtora por sucessivos atrasados e incapacidade de manter a obra.