Caso em que o Batalhão de Operações Especiais atuou com sucesso foi lembrado na festa de 15 anos de criação do Bope
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OLHO DE BOTO
Um dos primeiros casos do Amapá de sequestro com pedido de resgate foi lembrado durante as comemorações dos 15 anos de criação do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os sequestradores, todos sargentos do Exército, foram presos por equipes do batalhão.
O ano era 2007. A enfermeira saia de casa, no Bairro Renascer, para trabalhar. Ela se deslocaria até o município de Porto Grande onde atuava, mas foi interceptada pelos bandidos no meio do caminho.
Ela ficou durante quatro dias em cativeiro numa das casas da vila militar da Rodovia Duca Serra. No final das contas, o mentor do sequestro era namorado da mãe da vítima. O 1º sargento paraquedista do Exército, Gerson Pereira da Costa, foi preso junto com os comparsas num trabalho conjunto entre o Bope e a Polícia Civil.
No dia 30 de janeiro de 2015, já expulso das Forças Armadas e depois de cumprir parte da pena, ele foi preso novamente com 1 quilo de crack no estacionamento do Estádio Zerão. Um dia depois, ele teve uma parada cardíaca dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e morreu no HE.
Sargento quando foi preso em 2007 e depois em 2015. Fotos: Arquivo/SN
Nesta quinta-feira (8), a mãe da vítima, Tereza Nelma Ulisses, foi até o quartel do Bope acompanhar a festa de aniversário de 15 anos, e agradecer novamente.
“Se não fosse o Bope não teria minha filha de volta. São meus anjos da guarda. Quando eu vejo um carro do Bope na rua eu quero logo abraçar”, diz ela, que ainda hoje sofre com as sequelas do trauma do sequestro e usa medicamentos controlados.
O Bope foi criado em 2007 com apenas 80 policiais que foram aprovados entre 96 que se inscreveram para o curso de preparação. Hoje, são 200 policiais espalhados por quatro companhias:
Choque: que cuida de distúrbios civis
Rotam: Rondas Ostensivas Motorizadas
COE: Comando de Operações Especiais, que atua em crises
Giro: grupamento de motociclistas
Os policiais também contam a ajuda do Canil. Em 2014, 13 policiais femininas foram incorporadas ao batalhão.
Batalhão foi criado em 2007. Fotos: Olho de Boto
E possui 200 policiais em 4 companhias e canil
O primeiro comandante foi o hoje coronel Marcos Vasconcelos da Cruz, que na solenidade agradeceu também a parceria dos parentes dos policiais.
“Sem o apoio e companheirismo de seus familiares, seria impossível escrever esse capítulo de sua história”, lembrou.
Hoje, o Bope é comandado pelo tenente-coronel Paulo Mathias, pela segunda vez.
“É como se fosse ontem, quando a gente estava trabalhando na implementação do Bope. Recebemos muitas críticas internas e externas. Mas quando a sociedade começou a ver os resultados, nós adquirimos o respeito”, concluiu.
Durante a solenidade, houve homenagens a policiais da reserva remunerada, militares que se destacaram em ação, e os vencedores dos jogos internos, além de colaboradores da instituição.
Choque é uma das 4 companhias
Batalhão começou com 80 policiais, em 2007
Comandante geral da PM, coronel Rodolfo Pereira, com policiais que foram homenageados
