Amapaense faz “vaquinha virtual” para concluir medicina na Bolívia

Estudante chegou a ser despejado de onde morava naquele país.
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ANDRÉ SILVA

Um amapaense que estuda medicina na Bolívia iniciou uma “vaquinha virtual” com o fim de arrecadar R$ 21 mil. O dinheiro é para ajudar a custear o último ano de estudos naquele país. Ele chegou a ser despejado de onde morava e conta que se não fosse a ajuda da namorada e de amigos, dormiria na rua, com apenas a roupa do corpo.

Adriano Sousa Silva, de 29 anos, está há cinco anos na Bolívia. Atualmente, ele mora na cidade de Cochabamba, onde divide o aluguel de 500 dólares com dois amigos.

Por telefone, Adriano falou que o valor que quer levantar é para pagar o internato, que, segundo ele, funciona como a residência médica aqui do Brasil.

O estudante contou que para sobreviver precisa de no mínimo R$ 2 mil por mês, e que, no início, era ajudado por familiares e amigos, e chegou a trabalhar em algumas empresas, mas teve que se afastar por causa dos estudos.

Atualmente, Adriano mora em Cochabamba, onde divide o aluguel com dois amigos Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com Adriano, desde que era criança, ele sonha em ser médico. Antes de ingressar na faculdade, contou, trabalhou em Macapá como pedreiro, copeiro, vigilante e em supermercados.

“A prima da minha cunhada estudava aqui na Bolívia fazendo medicina. No início, a mensalidade era R$ 200. O real valia muito aqui. No começo, até consegui trabalhar, mas aí foi ficando difícil porque o dólar foi aumentando e, quanto mais aumenta o dólar, mais difícil fica. Então, na época, as facilidade contaram muito para eu vir para cá. Eu fazia faculdade de enfermagem e larguei tudo para vir para a Bolívia”, contou o estudante.

Ele disse que poderia optar por fazer a residência no Brasil, só que o custo seria o mesmo, e ele não teria autonomia para desenvolver um bom trabalho. Também falou sobre a questão documental. No Brasil, ele precisaria carimbar em Brasília, pegar a assinatura do médico e, caso ocorresse qualquer erro, o aluno ficaria quase um ano esperando a situação ser resolvida.

 “São doze meses, nove você pode fazer aqui ou no Brasil, mas o preço será o mesmo. Os outros meses, para completar um ano, você é obrigado a fazer aqui na Bolívia. Trabalha em uma província daqui, já como médico”, falou.

Para doar qualquer quantia, o interessado pode acessar aqui.

Seles Nafes
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