CÁSSIA LIMA
A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) prepara um plano de ação contra a febre amarela. A demanda nos postos aumentou após a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerar o estado de São Paulo uma área de risco. No Amapá, não existem casos desde 1942.
De acordo com o superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia, o Amapá não corre risco de epidemia. Mas, para evitar alarmes, um plano de ação contra malária, dengue e febre amarela deve ser colocado em prática nos próximos dias.
Vacinação será reforçada no estado Foto: Cássia Lima
“Com o plano, vamos fazer o reforço do bloqueio nas áreas de trânsito, como aeroportos, portos e rodovias. O segundo passo será reforçar as unidades de saúde com a quantidade maior de vacina. É pura precaução, como determina o Ministério da Saúde”, falou o superintendente.
O plano será entregue nesta semana ao governo do Estado, e deverá ser colocado em prática nos próximos meses. A SVS orienta às pessoas para que fiquem tranquilas quanto a febre amarela, mas, que se protejam contra o Aedes, especialmente por causa da dengue, malária e chikungunya.
Superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia Foto: Secom
Segundo os sanitaristas do Amapá, a febre amarela se desenvolve de duas formas: a silvestre, que é transmitida por mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem nas matas e na beira dos rios. Estes mosquitos picam macacos contaminados e depois picam pessoas, que adoeceram. Por isso, há relatos de mortes de macacos nas regiões acometidas; o outro método é a febre amarela urbana, que não existe no Brasil desde 1942. Ela é transmitida quando um mosquito urbano, o Aedes aegypti, pica uma pessoa doente e depois pica outra pessoa susceptível, transmitindo a doença.
“Os casos recentes que tivemos em São Paulo são de febre amarela silvestre. Por isso a contaminação por meio dos macacos. As pessoas não precisam criar alarmes, estamos fora de risco”, garante.