Testemunha de chacina diz que atirador encapuzado chegou a descer do carro

Quatro pessoas morreram e três ficaram feridas em chacina.
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ANDRÉ SILVA

Brendo Welber, de 19 anos, e Alex Borges da Silva, de 32 anos, vítimas da chacina ocorrida na zona norte de Macapá, na noite de segunda-feira (22), foram sepultados nesta quarta-feira (24), no Cemitério São Francisco. Além deles, outros dois jovens morreram nas mesmas circunstâncias. Uma testemunha ocular do crime, que pediu para não ser identificada, por medo, falou sobre o que viu.

Segundo a testemunha, Breno e Alex chegaram por volta de 20h30min ao restaurante localizado na Rua Alceu Paulo Ramos, no Novo Horizonte, onde tinham costume de jantar. Eles pediram as refeições, e, aguardavam, quando, por volta de 22h, começou o pânico.

Amigos haviam ido jantar em restaurante Fotos: Arquivo Pessoal

“Foi tudo muito rápido. O primeiro a ser atirado foi esse aí que estão falando [Leonardo]. Os outros meninos tentaram correr, mas não teve jeito. O carro cinza parou lá do outro lado da rua [Rua Joaquina Silva Amaral]. Desceu só um homem. Ele estava com um capuz”, lembrou a testemunha, que acredita que a tragédia poderia ter sido maior.

“O rapaz que estava na churrasqueira quase foi atirado. O tiro que era para acertar nele pegou na parede. Ele saiu correndo e conseguiu escapar”, contou.

A testemunha diz que a bala foi parar do outro lado da rua, e foi encontrada nesta quarta-feira, por uma pessoa que mora próximo ao local.

Tiro que era para acertar churrasqueiro pegou na parede Foto: André Silva

Velório

Os dois amigos foram velados no mesmo lugar, em uma igreja próximo ao local onde moravam. Muitos amigos e familiares estiveram presentes. As famílias, inconsoláveis, ainda não conseguiam acreditar no que ocorreu.

Velório dos amigos aconteceu no mesmo lugar Foto: André Silva

Breno e Alex trabalhavam juntos em um salão de beleza. O primeiro, havia aprendido o ofício com o pai, também cabeleireiro. Breno morreu deixando um filho de 6 meses, que dependia dele para o tratamento de uma deficiência com a qual nasceu.

“O Breno era um profissional. Trabalhava comigo desde os 12 anos. Não tenho nem palavras para descrever quem era meu filho. Todas as noites eles jantavam lá. Não tem explicação para essa tragédia”, desabafou Antônio do Nascimento Machado, pai de Breno.

Pai de Breno (centro) diz que jovem era um profissional Foto: André Silva

A equipe do Portal Selesnafes.com não conseguiu falar com os familiares de Alex Borges da Silva.

Além de Breno e Alex, morreu no local Leonardo da Silva Alves, de 22 ano. Testemunhas dizem que ele era o alvo do atirador. No total, foram quatro mortos e três feridos naquela noite.

Seles Nafes
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