Sem leitos, HE retém macas e deixa Samu com deficiência operacional

De 38 macas disponibilizadas para a capital, 34 estão retidas servindo de leitos no hospital.
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CÁSSIA LIMA

A operacionalização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Macapá está mais lenta. Segundo a coordenação municipal da entidade, de 38 macas disponibilizadas para a capital, 34 estão retidas servindo de leitos no Hospital de Emergência (HE).

As macas ficam retidas no HE por causa da falta de leitos, que é bem maior que a demanda que o hospital comporta.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que “já adquiriu 20 novas macas para o Hospital de Emergências (HE) de Macapá, a fim de evitar a retenção de macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda em fevereiro, mais cinco devem ser entregues ao hospital”, diz trecho da nota.

Ambulâncias estão sem macas para a população Foto: Samu

O coordenador do Samu de Macapá, Donato Farias da Costa, disse que a retenção de macas no Hospital de Emergência é uma constante. E que tem dias que não tem nenhuma maca para atender à população.

“O reflexo dessa inoperância das ambulâncias é que a população fica desassistida, a produção fica comprometida e ocorre a deterioração do patrimônio público. Quando as macas saem do pronto socorro estão empenadas ou com o colchão rasgado”, disse.

Ambulâncias em Macapá estacionadas Foto: Samu

Quando a situação piora, todo o atendimento é direcionado para o Corpo de Bombeiros. Além disso, há casos em que a própria população procura por outros atendimentos.

“Não é o correto, mas as pessoas colocam o paciente em um carro de qualquer jeito e levam ao hospital”, citou.

A Sesa informou, na nota, que as aquisições das novas macas não serão suficientes, “enquanto as Unidades Básicas de Saúde não oferecerem o suporte adequado, com o fortalecimento no controle e monitoramento de doenças evitáveis, que sobrecarregam o HE”.

“O governo tem trabalhado na organização da Rede de Urgência e Emergência, com a definição das competências de cada unidade de saúde, adquirindo equipamentos, macas e assumindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que são responsabilidade do município”, diz a nota.

De acordo com a Sesa, “a retenção das macas do Samu só ocorre quando a assistência ao paciente precisa ser feita com urgência e, o hospital, não possui maca disponível, naquele momento, em função da grande demanda por atendimento”.

Seles Nafes
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