CÁSSIA LIMA
Os professores do Estado do Amapá cruzaram os braços nesta terça-feira (27) e realizaram uma paralisação em frente ao Palácio do Setentrião, no Centro. Os profissionais repudiam o anúncio de reposição salarial anunciado pelo governo de 2,8% e fazem indicativo de greve.
Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Estado do Amapá (Sinsepeap), Otávio Brito, uma assembleia geral decidirá os rumos do movimento.
“Nosso indicativo é de greve porque o governo não teve diálogo nenhum conosco, mas vamos decidir de forma conjunta na assembleia geral marcada para esta quarta-feira (28), na Praça da Bandeira”, disse o diretor.
De acordo com Sinsepeap, nos últimos anos os profissionais da educação tiveram perda de 60%. A categoria também questiona de falta de diálogo com o governo e infraestrutura precária nas escolas.
“Nós sentamos na terça-feira passada e o governo não nos apresentou nada. E nós esperávamos que isso fosse apresentado via oficio e não pelas redes sociais”, complementou Brito.
O Governo do Amapá deu um aumento de 2,8% no salário-base dos servidores da educação e incorporou três gratificações aos vencimentos básicos dos trabalhadores. A medida deve beneficiar mais de 12,8 mil funcionários estaduais.
As Gratificações são de Regência de Classe, de Suporte Pedagógico ao Exercício da Docência (GSPD) e para Pedagogos e Auxiliares Educacionais (GPAE), que também receberão reajuste de 5%, passando de 15% para 20%. Os percentuais vão agora compor o salário-base da categoria para não serem mais retiradas dos vencimentos.