Fiéis lembram dor e sofrimento de Jesus na Via Sacra

Imagens de Jesus e de Maria foram carregadas juntas durante todo o trajeto
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ANDRÉ SILVA

Fiéis de todo o Brasil lembram, nesta Sexta-Feira Santa (30), a dor e sofrimento de Jesus Cristo até a crucificação. Em Macapá, o caminho da Via Sacra percorrido por devotos traz cânticos e orações, além de palavras de esperança e amor. Desde as primeiras horas do dia, muitos católicos fazem a releitura de uma das datas mais importantes para a religião cristã no mundo inteiro.

Dezenas de pessoas participaram da manifestação que aconteceu no Centro da cidade e em paróquias de bairros de Macapá. O evento lembra o caminho que Jesus fez até chegar ao Monte da Caveira, o Golgota, onde foi crucificado.

Fiéis carregaram imagem de Jesus Cristo na cruz Foto: André Silva

O bispo da Diocese de Macapá Pedro José Conti disse que o ato da via sacra é importante porque leva o povo a pensar sobre a Paixão de Cristo. Este ano, a programação trás o mesmo tema da campanha da fraternidade 2018: “Fraternidade e superação da violência”.

Bispo da Diocese de Macapá Pedro José Conti Foto: André Silva

“Jesus é solidário com os sofredores. Quando nós sofremos, lembramos também da nossa limitação e a morte nos lembra que nós temos um final da nossa vida. Por isso, precisamos gastar bem nossas vidas. Refletir na morte de Jesus nos leva a entender nosso sofrimento e as causas”, falou o bispo.

As imagens de Jesus e de Maria foram carregadas juntas durante todo o trajeto. Segundo o bispo, este símbolo lembra que a humanidade nunca está sozinha nas adversidades.

Imagens foram carregadas por fiéis Foto: André Silva

O funcionário público Aracildo Fonseca, de 54 anos, disse que participa da caminhada desde de a adolescência. Ele falou que a tradição foi passada por seus pais, já falecidos.

“Esse momento é importante para lembrar o que Jesus passou. Foi um justo dando a vida por um injusto. Jesus deu a vida por todos nós. Lembra também que todos devem carregar a sua cruz. O homem não pode desistir. Precisa ter sempre perseverança”, lembrou Fonseca.

Aracildo Fonseca participa da caminhada desde de a adolescência Foto: André Silva

No caminho do cortejo, os fiéis param em algumas casas para fazerem orações e cantar hinos. Essa parte do ritual é conhecida como as 14 estações. Silvestre dos Santos Teixeira, de 72 anos, disse que se sente lisonjeado por fazer parte da programação.

“Isso é muito bom. Acho importante porque as pessoas que veem isso acontecer acabam refletindo no amor que ela precisa ter com o próximo”, refletiu o motorista.

 

Seles Nafes
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