ANDRÉ SILVA
A Universidade Federal do Amapá (Unifap) eliminou 4 das 30 questões aplicadas no Processo Seletivo para Matrículas Especiais (PSME), o Vestibulinho, para o curso de medicina, e reforçou que o cronograma do certame segue normalmente.
Nesta quinta-feira (1), uma comissão formada por candidatos que se dizem prejudicados na disputa, denunciou que a filha de uma diretora do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (Derca) foi classificada em primeiro lugar.
O Derca é responsável pela matrícula e convocação dos aprovados e está diretamente relacionado ao processo seletivo, observou o advogado da comissão de candidatos Edmundo Paes. Ele disse que o grupo protocolou uma petição à denúncia nesta quinta-feira, requerendo esclarecimentos a respeito da informação.
Paes disse que os candidatos querem saber se o departamento participou da banca examinadora do concurso, ou não. Segundo ele, a participação de filhos de funcionários que compõem a banca do processo é proibida por lei.
O advogado falou também que os candidatos identificaram que, além da primeira colocada, o nono colocado é filho da vice-reitora da uiversidade e do professor de fisioterapia da instituição. Pauxis lembrou que o processo é baseado em lei federal.
“A legislação federal a que ele é baseado diz o seguinte: pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou respectivos cônjuges, parentes e afins até o terceiro grau. Fica impedido de atuar no processo qualquer servidor que tenha interesse direto ou indireto na matéria”, citou o advogado.
Sobre a denúncia protocolada no dia 27 de fevereiro, pela comissão, no Ministério Público Federal do Amapá (MPF), a Unifap informou, por meio de nota, que cancelou 4 das 30 questões aplicadas, e que aos 61 recursos apresentados pelos candidatos, não havia respondido até aquele dia.
Segundo a instituição, “de acordo com os recursos analisados, não há qualquer irregularidade comprovada no PSME”, diz trecho da nota.
Sobre as novas denúncias, o gabinete da reitoria da universidade informou que não recebeu nada oficialmente do MPF.