Histórias engraçadas e verídicas estão no livro “Órdi e Pogreço”

Contos são inspirados em acontecimentos reais do cotidiano de Odorico Costa, que protegeu os nomes verdadeiros das personagens
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CÁSSIA LIMA

Um livro divertido e cheio de histórias verídicas vai ser lançado em Macapá, nesta terça-feira (6), às 18h, no Sebrae. É a obra “Órdi e Pogreço”, do escritor Odorico Costa. O livro de contos inclui pessoas do Amapá, amigos e familiares do autor. O lançamento será marcado por uma noite de autógrafos.

O livro é cheio de estórias bem humoradas do dia a dia de Odorico, a maioria com fatos ocorridos no meio familiar e no círculo de amigos. A proposta é trazer ao leitor a sensação de outras épocas e cenários. A obra será vendida ao preço de R$ 20.

Odorico Costa tem 70 anos, é empresário, administrador e palestrante. Essa é a sua primeira publicação, que ocorreu simultaneamente a um tratamento contra a leucemia. Fluente em francês, inglês e latim, o escritor levou 6 anos para organizar a obra.

De onde veio à inspiração para escrever o livro?

Do cotidiano. É um livro de contos. E eu ousei fazer umas poesias no final, mas ele quase todo é de contos. A minha família é de poetas e jornalistas. Eu sempre gostei muito de ler. Ainda pouco comprei um de matemática do ginasial. Quando você lê, você imagina e cria detalhes na sua cabeça. A leitura te dá essa liberdade por causa das tuas sinapses. A inspiração veio de histórias da família, de amigos e da vida. Sempre é claro protegendo a personalidade e os nomes das pessoas.

Me conte uma história do livro que lhe marcou?

O livro todo são de histórias da minha vida, mas a última é especial. Ela está no capitulo 32 e tem o nome de “Zurupados”, que quer dizer “enganados”. Ela não é minha, é um fato da família que se passou com a minha cunhada e com um cidadão que ela casou de origem libanesa. É a história da tia-avó dele.

No livro ela tem o nome de dona Isabel. É uma história muito interessante, talvez porque não seja minha. Porque as outras eu vivi, mas essa eu imaginei conforme ele me contou. E eu fiz questão de colocar no papel por ser a mais longa e ter subtemas porque a mulher era muito esperta. Aí então é a história que tem mais destaque.

Tem alguma história do Amapá?

Tem sim: .”A Sem Teto”. Tem diversas histórias do Amapá. Mas é como eu falei, os nomes são fictícios e as personagens têm características diferentes. Eu não digo que é do Amapá no livro, mas tem umas figuras interessantes.

Livro levou 6 anos para ficar pronto. Fotos: Cássia Lima

De onde a ideia do nome do livro?

O pessoal acha que é da política, não é. É que havia uma cidade que o nome dela era Progresso. E o meu primo morava lá. Um cidadão de lá se candidatou a prefeito com apoio do governador que era compadre dele. Esse candidato era bem velho e casou com uma menina bem novinha. O que ele não sabia e que a mulher dele tinha um caso antigo com o governador. Um dia, ele flagrou a mulher com o compadre. Ele disse que ia botar a boca no trombone e fazer isso e aquilo.

Mas o governador disse pra ele o seguinte: “O senhor é quem sabe. Sua carreira política está em minhas mãos. Eu já transava com ela antes. Ou o senhor aceita ou briga comigo e se brigar vai sair perdendo”. Resultado, o cara continuou com a mulher fazendo de conta que estava tudo bem. Mas tem umas curiosidades nessa história. Vale a pena ler. E daí tirei o nome do livro, a ordem da cidade Progresso.

O senhor pretende seguir com a vida de escritor?

Ah, sim. Já estou trabalhando em outro. Dizem que o homem deve fazer três coisas na vida: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Já fiz a primeira. Plantei dezenas de árvores e agora escrevi lanço o primeiro livro. Eu gosto muito de escrever e gosto mais ainda de escrever sobre estórias que fizeram parte da minha vida. Em breve lanço outro. 

Seles Nafes
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