SELES NAFES
Já é quase uma certeza entre as lideranças da REDE, no Amapá, que o PSB não será mesmo o parceiro que se esperava para as eleições deste ano, como ocorreu nos últimos dois pleitos (2014-2016).
O silêncio de João Capiberibe, principal liderança do partido socialista, para o convite do senador Randolfe Rodrigues, abriu caminho para a aproximação com uma das principais lideranças do município de Santana, o ex-senador Sebastião Bala Rocha. Bala está muito perto de ser confirmado como o segundo candidato, ao lado de Randolfe Rodrigues.
A tendência se fortaleceu na semana passada, depois que Capiberibe deu a entender que prefere governar o Estado. Foi durante o lançamento de uma consulta aberta que, diz ele, embasará sua decisão final.
A segunda vaga na futura coligação para o Senado ainda é preferencialmente de Capiberibe, mas a percepção é de que ele deverá concorrer ao governo do Estado por vários motivos.
Encurralado pelo isolamento político, o PSB sabe que será necessário um milagre para reeleger Capiberibe senador, Janete deputada federal, e eleger Camilo Capiberibe deputado estadual, os três de uma vez. A opção mais viável seria disputar, com força máxima, o governo do Estado, aproveitando a boa colocação de Capiberibe nas pesquisas.
O médico ginecologista Bala Rocha. Foto: Reprodução
Sondado, Bala já disse “sim”. A escolha dele também é estratégica. Além da experiência política (foi senador e deputado federal). Ele também é visto como um representante de Santana, a segunda cidade mais populosa do Amapá, e, de quebra, pode aproximar a coligação da classe médica (Bala é médico ginecologista).
Em 2014, Bala disputou a reeleição pelo Solidariedade, os 7,5 mil votos não foram suficientes. Se Bala for confirmado como o segundo candidato, ainda não é certo que ele continue no Solidariedade. Uma das alternativas seria a migração para um partido da base, como o PSDB.