Presidente da UNA segue no cargo e diz sofrer ameaças

Jovem afirma que as acusações que constam no processo são falsas.
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ANDRÉ SILVA

Iury Soledade, que teve o mandato de presidente da União dos Negros do Amapá (UNA) cassado pela Justiça, disse na segunda-feira (5), que continua no cargo, e que está sendo ameaçado por integrantes da junta governativa que pediu a sua cassação. Ele afirma que as acusações que constam no processo são falsas.

No dia 1º de março, a juíza Alaíde Maria de Paula, da 4ª Vara Cível Pública de Fazenda de Macapá, decidiu que a parte autora da ação, no caso, os membros da junta governativa, não pode tomar as providências mencionadas na petição de janeiro. Ela justifica dizendo que a ação ainda não transitou em julgado.

Segundo Soledade, a decisão permite a sua permanência no cargo.

O mandato do jovem presidente foi cassado com base em denúncias da junta, dando conta de que houve fraude na eleição de 2015, que elegeu Soledade para a presidência da UNA. Segundo os autores da denúncia, houve coleta de assinaturas de sócios da entidade, sem informação detalhada.

“Eles estão me acusando e eu vou até o STF [Supremo Tribunal Federal], se necessário, para provar que fui eleito e que a eleição foi legal”, falou Soledade.

Ao contrário do que afirmam os autores da ação, em relação a Soledade não fazer parte do rol de membros da instituição, e forjar documentos e assinaturas de sócios para convocar as eleições em 2015, o presidente afirma que é membro da UNA desde 2010, e disse que a ata da eleição foi assinada por uma sócia fundadora da entidade.

“Quem fez a ATA foi a sócia fundadora de lá. Se eles dizem que eu falsifiquei, meu advogado disse para que nós enviássemos ao Ministério Público para ele examinar esses documentos. Quando nós fizemos essa preposição, a juíza disse que iria encaminhar ao MP  para analisar. O juiz proferiu a sentença e mandou para o MP analisar”, falou Soledade.

Ele disse que está sendo ameaçado por membros da junta governativa que tenta assumir a direção da entidade.

Iury Soledade falou que vai a Brasília no dia 15 de março, tentar a anistia da dívida que a entidade tem com a Companhia de Eletricidade do Amapá  (CEA), que ultrapassa meio milhão de reais. Ele disse também que há uma emenda federal de R$ 1,5 milhão para a reforma da sede.

Seles Nafes
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