Superintendente do Ibama usava dados falsos para beneficiar madeireira, diz PF

Chefe do órgão foi alvo de dois mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (6)
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DA REDAÇÃO

Policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do superintendente do Ibama no Amapá, Leonardo Lima de Melo, em um condomínio na zona sul de Macapá, durante a manhã desta terça-feira (6).

Segundo a PF e o Ministério Público Federal, o superintendente é suspeito de inserir dados falsos no sistema que emite o Documento de Origem Florestal (DOF). O DOF contém informações sobre a procedência da madeira, e é obrigatório para o transporte e armazenamento.  

A inserção dos dados teria sido feita em computadores do próprio Ibama, para beneficiar uma empresa do setor. 

Além da residência do superintendente, os policiais também cumpriram um mandado de busca na sede do Ibama, localizado na Rua Hamilton Silva, Centro.

“De acordo com as investigações, o atual Superintendente do Ibama tem dificultado a realização de ações conjuntas entre o órgão ambiental, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, por meio de atos ordinatórios, atrapalhando as investigações em curso”, diz nota divulgada pela PF.

A superintendência do Ibama foi alvo de busca e apreensão. Fotos: PF/Divulgação

O superintendente pode ser indiciado por inserção de dados falsos e obstrução de investigação que envolve organização criminosa. A pena pode chegar a 20 anos de prisão.

O nome da operação, Falsum Virtual, é uma expressão em latim em alusão à inserção de dados falsos em sistema virtual.

Em outubro do ano passado, o Ministério Público Federal já havia recomendado a exoneração do superintendente por condutas incompatíveis com o cargo. Ele teria autorizado o pagamento de diárias de viagem indevidas a 23 servidores. Ele foi denunciado por peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.

Seles Nafes
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