Aonde isso vai parar?

Para o pessoal de vida fácil, tudo pode ser roubado e vendido para "fazer dinheiro"
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EDITORIAL

A capacidade da imaginação criminosa para “fazer” dinheiro parece não ter limites. O alvo do pessoal, que acha ter o direito de se apropriar do que não é seu, vai das lixeiras de alumínio ao gerador de energia que dava suporte ao tratamento de pacientes com câncer, no Hospital Alberto Lima.

O furto do hospital foi impressionante. Até hoje, o responsável não foi identificado. Mesmo com vigilante armado, o motor que alimenta equipamentos quimioterápicos desapareceu na última segunda-feira (23).

A empresa de vigilância será responsabilizada judicialmente pela Sesa, que precisou suspender o tratamento das pessoas com câncer até a reposição do equipamento, o que ocorreu nesta quinta-feira (25).

O mais estranho é que esse tipo de equipamento só tem utilidade no serviço oncológico. A Sesa registrou BO.

Mas o pessoal da “vida fácil” não para por aí. Além dos furtos, assaltos no comércio e outros crimes, eles investem até nas lixeiras mais “estilosas”.

Uma câmera de segurança revelou, no último dia 17 de abril, porque as lixeiras de alumínio do Bairro do Zerão, na zona sul de Macapá, estão desaparecendo. Não é mágica.

Criminosos da “raia miúda” viram nas lixeiras uma maneira de ganhar dinheiro. A câmera na Rua Luiz Azarias mostra os bandidos agindo, e um deles já vinha carregando outra lixeira nas costas arrancada de outra residência.

Um deles para em frente a outra residência onde existe uma lixeira de alumínio. Ele tenta esconder o rosto com um guarda-chuva aberto, e logo recebe a ajuda de um parceiro.

O mais triste é saber que se alguém rouba ou furta para vender, é porque outro alguém está disposto a comprar impulsionado pela vontade de se dar bem. Compra barato sem remorso ou sem a preocupação com o prejuízo de outra pessoa que ralou muito. Isso acontece com celular, carro, moto e outros bens. Esse é um “negócio” onde o cliente também é bandido.

E depois não adianta chamar político de ladrão e reclamar da vida, que o Brasil não vai pra frente e “por aí a fora”, como dizia o ex-governador Anníbal Barcellos.  

Aonde isso vai parar? Não se espantem se as pedras da Fortaleza de São José começarem a desaparecer.

Seles Nafes
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