OLHO DE BOTO
Uma jovem de apenas 22 anos morreu ao ser atropelada duas vezes na noite deste domingo (29), na zona oeste de Macapá.
Segundo informações repassadas por moradores à PM, eram 19h e chovia muito quando Daiana Façanha Gomes estava tentando atravessar a Rua Ranolfo de Souza Gato, a principal do Bairro Marabaixo. Ela foi atropelada por um HB20 preto. Com o impacto, a jovem foi jogada desacordada no asfalto.
O motorista parou para prestar socorro à vítima com apoio de outros moradores. Contudo, um ônibus da empresa Siãothur não conseguiu parar e passou por cima da cabeça da jovem, que ainda teve o corpo arrastado.
Moradores contaram à Polícia Militar que ainda tentaram parar o ônibus fazendo gestos. Uma equipe do Samu esteve no local e confirmou o óbito da estudante.
O ônibus parou mais adiante. O motorista fugiu do local alegando temer pela integridade física e buscou abrigo na sede do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE), no Bairro do Cabralzinho, onde comunicou o acidente.
Os motoristas foram apresentados no Ciosp do Pacoval. Os dois veículos estavam irregulares.
“Os dois veículos estavam com os licenciamentos atrasados, por isso o HB20 foi guinchado. Como não temos guincho para o ônibus ele foi notificado e liberado”, explicou o tenente Garreto, do BPTran.
Rua perigosa
Moradores ficaram horrorizados com a morte da jovem, e relataram que a Rua Ranolfo de Souza Gato ficou muito perigosa depois das obras de urbanização.
Com a construção de calçadas dos dois lados e com os estacionamentos em fila indiana, a rua ficou ainda mais estreita. Além disso, com asfalto bom, motoristas imprudentes aumentaram a velocidade dos carros. A falta de iluminação pública completa o cenário de risco.
“Fizeram as calçadas, o que foi bom para os pedestres. Mas a rua ficou mais estreita, e a velocidade dos carros aumentou. Não estão respeitando o limite em perímetro urbano. A CTMac tem que vir aqui para colocar redutores de velocidade. Isso está ocorrendo há dias, não vai ser a última vez”, disse o morador Bruno Suede.
“As pessoas ainda correram para frente do ônibus para pará-lo. Ele tinha que ter parado, mas tentou apenas desviar e passou por cima da cabeça da menina. O para-brisa do ônibus é maior que a janela de uma casa: dá para ver tudo”, disse o morador, Bruno Suede.