ANDRÉ SILVA
Professores da Escola Estadual Francisco Walcy, localizada no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, paralisaram as atividades no turno da tarde de quinta-feira (26). Acompanhados por alunos, eles reclamam das condições da escola, segundo eles, péssimas, e reivindicam a abertura de mais turmas, além de outras doze pautas que vão da estrutura física da instituição a questões administrativas.
A paralisação foi decidida após uma reunião que aconteceu na segunda-feira (23), entre os professores. Eles dizem que o diretor escolar busca recursos para a manutenção da instituição, mas nunca recebe um posicionamento positivo da Secretaria de Estado da Educação (Seed).
“A gente está praticamente no limite. Nem pincel a gente tem mais. Ontem fizemos a paralisação, mas jamais com a intenção de denegrir a imagem do nosso diretor”, falou a professora Rutilene Melo.
Ela disse que as salas estão superlotadas e que as demais que poderiam abrigar mais alunos, estão sem condição de funcionamento.
Segundo a professora, a secretaria chegou a mandar algumas centrais de ar para a escola, mas não providenciou a instalação. Uma rifa foi organizada pela escola para arrecadar dinheiro para o serviço.
Outro problema reclamado pelos professores é a quadra poliesportiva usada para as aulas de educação física. Um dos alunos que participou do ato com os professores disse que o local está praticamente destelhado e que as aulas estão acontecendo em sala de aula. (assista ao vídeo)
Os professores reclamam também: da carga horária; limite de alunos por sala; pedem a abertura de novas turmas; material para o trabalho; troca dos serviços de copiadoras; internet; pré-Enem com apostilas e simulados e xerox de qualidade.
Terreno baldio
Ao lado da escola fica a Vila Olímpica, que os professores contam só servir para abrigar usuários de drogas. Eles dizem que para se proteger, colocaram uma cerca que separa a escola do local. Com a iniciativa, eles esperam dificultar a ação de criminosos que, inclusive, chegaram a assaltar alguns alunos durante a aula.
A Seed ficou de se posicionar sobre as reivindicação dos professores e alunos.