DA REDAÇÃO
Deflagrada nesta sexta-feira (27), a Operação Epílogo*, da Polícia Federal, cumpriu mandado de busca e apreensão e destruiu, com a utilização de explosivos, maquinário para extração de ouro em um garimpo ilegal no município de Tartagugalzinho, no Amapá, conhecido como “Garimpo da Fofoca”.
O local já havia sido desarticulado em setembro do ano passado, durante a Operação Estrada Real, ocasião em que foi preso o superficiário do local e outras sete pessoas que estavam lavrando ouro de forma ilegal. Meses depois do fechamento, o garimpo novamente foi invadido por garimpeiros, que continuaram com a atividade ilícita.
A operação desta sexta-feira, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), contou com cerca de 15 policiais federais, além de policiais treinados pelo do Grupo Especializado de Bomba e Explosivos da Polícia Federal.
A utilização de explosivos foi oriunda de uma decisão judicial da 4º Vara Federal, em virtude de os garimpeiros que retornaram à área estarem desenvolvendo a garimpagem do tipo subterrânea, o que exige maior trabalho e riscos aos trabalhadores, que a desenvolvem de forma precária e intensa, segundo a PF.
De acordo com a Polícia Federal, quando o garimpo foi fechado em 2017, houve uma constatação de degradação ambiental de 68 hectares, o que gerou uma supressão e impedimento de regeneração da vegetação e alteração irreversível do relevo natural e da paisagem, além de risco de contaminação da água, solo e trabalhadores pela utilização do mercúrio.
A investigação acerca dos beneficiados pelo garimpo ilegal no âmbito da Operação Estrada Real continua sob segredo de Justiça. Os investigados responderão, segundo a PF, pelos crimes de usurpação de bem da União, extração ilegal de minério, associação criminosa e lavagem de dinheiro.