Crônica: “estou virando um bar, sem querer”, diz comerciante

Simplicidade e hospitalidade fazem de estabelecimento de Fábio Souza local atrativo para diferentes públicos
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JÚLIO MIRAGAIA

Frequentar um “bar-mercearia” não é uma modalidade nova da vida boêmia. Seja pela pluralidade do público, pela bebida e petiscos baratos ou por qualquer outra razão, esse tipo de estabelecimento tem seu charme.

No centro de Macapá, dos mais tradicionais ao mais novos, esses ambientes servem como ponto de encontro de artistas, servidores públicos, jornalistas, universitários, aposentados, trabalhadores, toda uma gama de pessoas, na maioria das vezes interessadas somente em tomar um litrão, jogar conversa fora após o expediente, assistir um jogo de futebol, comer amendoim, salsicha de Viena, palmito, coisas do tipo.

O “Bar do Fábio” é esse tipo de lugar. Trabalhando há quase seis meses em frente à Praça Floriano Peixoto, Fábio Souza, de 38 anos, é professor de educação física por formação. Ele decidiu abrir uma mercearia com a esposa, Ana Quadros, e começou o negócio seis meses atrás, em um estabelecimento na Avenida Antonio Coelho de Carvalho.

Fábio e a esposa, Ana Quadros: do mercantil ao bar-mercearia. Foto: arquivo pessoal

Banner adverte: proibição para menores. Foto: Júlio Miragaia

Problemas no local fizeram com que o casal mudasse o endereço para mais próximo da Praça Floriano Peixoto, na Avenida Pedro Baião. O que surpreendeu o comerciante, a medida que o tempo passava, mesmo na Antonio Coelho de Carvalho, é que o local foi se tornando mais um ponto para a boêmia do que necessariamente para funcionar como comércio.

“Estou virando um bar, sem querer. A gente pensava como um mercantil, mas o aumento de clientes por conta da praça, o preço acessível, levam até essa situação, de bar. Não é porque a gente está no Centro da cidade que o preço vai ser exorbitante”, diz sorridente Fábio Souza.

O comerciante deixa claro que todo cuidado é tomado para que adolescentes não frequentem o local. Um banner com letras grandes adverte que é proibida a venda de bebidas para menores de 18 anos. Souza também conta que o intenso movimento já rendeu histórias curiosas e engraçadas, principalmente da parte do público jovem que frequenta o lugar.

“A maioria do público é jovem, mas não vendemos de forma alguma bebida pra menores de 18. Vêm também muitos universitários, empresários, advogados, todas as classes vêm beber aqui, no bar do Fábio”, destaca.

Simplicidade: receptividade e preço acessível …

 

cativa clientes. Fotos: Fábio Souza

O local funciona até meia-noite e no cardápio nada além de uma tábua de frios ou algum enlatado que possa ser adquirido nas prateleiras.

Feliz com o movimento no local, ele avisa que as partidas da Copa do Mundo da Rússia serão exibidas no carismático bar-mercearia e lembra que toda quarta-feira tem promoção de litrão no horário dos jogos.

Foto de capa: Júlio Miragaia

Seles Nafes
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