Macapá amanhece com filas nos postos por causa da greve dos caminhoneiros

Motoristas estão preocupados com a possibilidade de faltar gasolina e diesel.
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CÁSSIA LIMA

Várias filas se formaram em postos de combustíveis de Macapá na manhã desta quinta-feira (24). Motoristas estão preocupados com a possibilidade da falta do produto, por causa da greve dos caminhoneiros, que acontece desde segunda-feira (21), no país. Muitos amapaenses já adotam medidas para economizar gasolina. Não há confirmação sobre uma possível escassez do produto no Amapá. 

Os caminhoneiros fazem protestos em todo o Brasil. Ao longo de quarta-feira (23), várias rodovias foram bloqueadas, afetando o fornecimento de combustível para postos e até aeronaves. Os atos são contra a disparada do preço do diesel, que faz parte da política de preços da Petrobrás, em vigor desde julho.

 “Tenho medo que falte aqui, até porque, no Brasil inteiro estamos com isso, e o preço do combustível só está aumentando. Percebi que tem muitas filas nos postos e quero deixar mais combustível reserva no carro, só falta mais dinheiro”, disse o motorista Vinicius Vaz da Silva, de 24 anos.

Vinicius Vaz da Silva correu para garantir combustível no carro Foto: Cássia Lima

Uma rede de postos de combustíveis do Amapá confirmou que foram relatadas várias filas em postos das zonas norte e sul de Macapá. Os postos com preços mais em conta já têm filas que dobram quarteirões, como no Bairro dos Congós e no Centro da capital.

“Estou muito preocupado, porque acho que vai faltar combustível. Eu vou começar a economizar e sair com menos frequência. Só o necessário mesmo porque preciso do carro para trabalhar”, falou o vigilante Lázaro Antônio da Paz, de 40 anos.

Vigilante Lázaro Antônio da Paz diz estar preocupado com a situação Foto: Cássia Lima

Antenor da Conceição, de 45 anos, adotou um método diferente. Além de economizar com as saídas no carro, ele encheu o tanque do veículo e foi comprar uns litros extras em um carote (vasilhame).

“Vou completar o tanque com medo de faltar e ficar sem combustível para ir ao trabalho. Agora quero comprar mais um pouco para o carote. Creio que se continuar assim, a gasolina vai faltar”, acredita.

Antenor da Conceição encheu o tanque do carro e ainda ia garantir gasolina extra num ‘carote’ Foto: Cássia Lima

A reportagem não conseguiu localizar algum responsável pelo Sindicato dos Revendedores de Biocombustíveis do Amapá (Sindipostos), para comentar a situação.

Seles Nafes
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