SELES NAFES
A Marinha reteve o petroleiro que encalhou no Rio Amazonas, no Amapá, na última terça-feira (15), quando transportava 50 milhões de litros de petróleo. A informação é do vice-presidente mundial da Praticagem, Ricardo Falcão.
O navio foi rebocado por uma embarcação que presta serviços à Amcel, e não à Companhia Docas de Santana (CDSA), como foi informado anteriormente. O petroleiro está fundeado em frente ao balneário de Fazendinha.
“O navio continua retido para averiguação. A Capitania dos Portos fez uma inspeção a bordo e verificou os sensores, mas ainda não foram mandados mergulhadores para verificar a integridade do casco”, informou Falcão.
O petroleiro Wisby Atlantic, das Bahamas, bateu num banco de areia na localidade de Ilhas das Pedreiras quando se dirigia à Itacoatiara (AM), e ficou preso. O rebocador arrastou metade da embarcação, de 183 metros de comprimento, para fora do barranco, mas da meia nau até a popa o navio continuou preso.
A força da maré causou estresse à estrutura da embarcação, o que, segundo Falcão, poderia ter causado a ruptura do casco e o derramamento de petróleo no Rio Amazonas. Um vazamento afetaria as colônias de pesca da região do Arquipélago do Marajó e a captação de água em Macapá.
Nesta quinta-feira (17), o comandante do navio será ouvido pela Marinha no inquérito aberto para investigar o acidente. Não havia um prático a bordo. No entanto, o local onde o acidente ocorreu é a única no Brasil onde a presença desse profissional é facultativa.
“O navio não pode sair, por enquanto. Também será feita uma inspeção da classificadora, que é o serviço que verifica se a embarcação está cumprindo com as normas internacionais”, concluiu.