OLHO DE BOTO
Paulo Leandresson Sousa Nascimento, de 27 anos, entregou-se nesta quinta-feira (3) à polícia. Ele é o principal suspeito na morte do policial militar Amaury do Nascimento Barros, de 36 anos. Um pedido de prisão temporária havia sido emitido pela Justiça contra o jovem.
O policial foi encontrado morto no dia 5 de março, ao lado do seu carro, na Avenida Maximiliano Serra, no Bairro Novo Buritizal. O PM foi morto com um tiro no tórax e outro no pescoço, disparados pela própria arma.
De acordo com a investigação, Paulo foi filmado por uma câmera de segurança deixando o carro da vítima logo após os tiros que atingiram o PM.
Na delegacia, o jovem negou qualquer participação no crime.
“Última vez que visualizei ele [policial], ele estava na Companhia do Bolero [casa de show], com três mulheres e o ‘Wilianzinho’, que foi morto depois em troca de tiros com a polícia. Tenho certeza que a acusação não tem nada a ver com minha pessoa”, garantiu Paulo.
O advogado dele, Evaldo Silva, reforçou a negativa.
“O Paulo nega autoria da participação. Informações que tenho que ele não praticou o crime e deverá provar isso. Existem várias outras pessoas que precisam ser trabalhadas no inquérito para identificar quem de fato praticou o crime. Há fragilidade no processo. A pessoa que teria visto o Paulo sair do carro tem atestado de insanidade mental, é o Rodrigo Sales, que falou várias besteiras no processo, disse a defesa.
O delegado plantonista Anderson Silwan, do Ciosp do Pacoval, falou que a defesa de Paulo o procurou para saber se poderia fazer a entrega do cliente, o que foi combinado.
“Ele foi apresentado, ouvido, e disse que não tem qualquer tipo de envolvimento com a vítima. Deve seguir para Iapen ainda hoje”, falou o delegado.
Investigação
De acordo com a investigação, na madrugada do crime, Amaury Barros apanhou Paulo Leandresson próximo ao Juizado da Zona Sul, no Bairro Congós. Amaury Barros havia saído de um show.
Dentro do carro, teria ocorrido uma discussão. O acusado teria apanhado a pistola 380 do policial e houve luta corporal pela posse da arma.
Com os indícios, testemunhas e provas coletadas, o caso está sendo considerado latrocínio, que é o roubo seguido de morte.