Turista americana enfarta em cruzeiro e é salva no Amapá

A idosa teve um ataque do coração e o navio precisou desviar para Macapá
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SELES NAFES

Já está em casa, no Texas (EUA), a turista americana que sofreu um enfarto dentro de um cruzeiro, na costa do Amapá, e foi atendida por médicos de um hospital particular de Macapá. A família fez questão de agradecer nas redes sociais o carinho e a eficiência das equipes de médicos e pessoal de enfermagem.

O caso ocorreu há cerca de duas semanas, mas só agora veio à tona. O casal Pearl e Ron Kopita estava voltando de um cruzeiro pela Amazônia quando Pearl, de 73 anos, sentiu-se mal dentro do navio. Eles já estavam viajando há 14 dias.

A idosa americana se queixava de dor no peito, suava bastante e estava pálida. O médico abordo desconfiou inicialmente de pneumonia, mas não quis arriscar. O navio acabou desviando para Macapá, a cidade mais próxima com rede hospitalar e condições para um tratamento mais complexo.

Ao desembarcar, ela foi levada para o hospital onde foi atendida pelo cardiologista Paulo Rebelo, que logo identificou uma arritmia, que é quando o coração bate forte em descompasso.

Pearl ficou assustada quando recebeu a notícia de que precisaria ficar internada na UTI. Afinal, aos 73 anos, ela nunca havia sofrido um problema cardíaco. Não bebe, nunca fumou, mas luta contra a depressão há cerca de 20 anos.

“Descobrimos que ela havia feito uma caminhada extenuante sob temperatura e umidade elevadas dias antes. Foi um fator decisivo para que ela desenvolvesse esse enfarto agudo do miocárdio”, explicou ao portal SELESNAFES.COM o médico Paulo Rebelo.

No dia seguinte a arritmia estava controlada, mas Rebelo queria aprofundar o diagnóstico para definir o melhor tratamento. Para isso, a turista foi submetida a um cateterismo, um exame invasivo.

Cardiologista Paulo Rebelo com o marido da aposentada, Ron Kopita: gratidão

Com o diagnóstico de enfarto confirmado mais uma vez, ele e o filho, que também é médico, decidiram pelo tratamento clínico, e não por uma cirurgia que poderia ocorrer até com o peito aberto.

“O enfarto que ela teve lesou duramente o coração dela, mas com uma semana de tratamento ela ficou muito bem. Eu e meu filho, que é médico hemodinamicista, concordamos que o caso era para tratamento clínico. Deixamos ela em boas condições para viajar”, lembra Rebelo.

Duas semanas depois Pearl estava pronta para voltar para casa junto com o marido. A jornada seria longa. Mais de 30 horas de avião, entre voos e conexões que começaram em Macapá, Belém, passando por Belo Horizonte (MG) até chegar a Miami e, finalmente, o Texas, seu estado natal.

Além do marido, Pearl viajou acompanhada por uma enfermeira do Amapá e levou um relatório produzido em inglês pelos médicos amapaenses que eram os únicos no hospital a dominar o idioma.

“Embora houvesse uma barreira linguística, Pearl recebia excelente cuidado. Voltamos para casa depois de mais 30 horas de voo em casa com uma enfermeira que viajou conosco. Queremos agradecer especialmente aos cardiologistas que salvam vidas, Drs Bruno e Paulo Rebelo. Pearl tem um caminho de 6 meses para a recuperação. É ótimo estar em casa”, disse Ron Kopita, em sua postagem.

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