ANDRÉ SILVA
A diretora da Escola Estadual Maria Mãe de Deus, localizada no Bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá, está sendo acusada de assédio moral. Ela enviou áudio para um grupo de Whatsapp da escola, cobrando empenho dos professores na realização da festa junina que acontece todos os anos na instituição.
Nesta segunda-feira (25) a gestora disse que está sendo vítima de perseguição e que estão tentando boicotar a festa.
Karolina Costa Amanajás é pedagoga e há nove meses está na direção da escola. Em entrevista ao portal SELESNAFES.COM, ela explicou que gravou o áudio no último dia 18 em um grupo de professores da instituição e que o professor Paulo Axé, que não está no grupo, divulgou para outros grupos e a acusou de assédio moral.
Desentendimento com professor
“Depois de toda essa situação, eles [professores] disseram que o professor Paulo Axé estava fazendo um movimento para boicotar a festa”, defendeu-se a professora.
Amanajás disse que apenas o professor Axé registrou boletim de ocorrência contra ela, no entanto ela reconhece que se excedeu nas palavras, mas que vai processar o professor por ter divulgado o áudio. Ela disse também que no dia seguinte gravou uma outra mensagem, desta vez com o pedido de desculpas aos professores.
“No dia seguinte, eu fiz um de pedido de desculpas por eu ter me excedido. Que tudo aconteceu por causa da pressão que eu recebi de alunos por causa festa. Eu vi que os alunos estavam querendo e os professores não. Eles [os professores] sabem meu jeito”, disse.
O professor Paulo Axé disse que a questão não está em quem divulgou ou não o áudio, e sim no conteúdo dele. Ele disse que se sentiu constrangido e indignado. A partir daí se posicionou contra a venda da cartela o que, segundo ele, deixou a diretora irritada ao ponto de lhe destratar.
“Eu fiquei indignado e disse que não ia me colocar nessa condição de vender bingo e nem participar de uma festa como essa. Que o lugar da escola não é para bingo e sim para formação. Isso gerou raiva por parte da diretora que ameaçou me devolver. Me disse que eu era um cara baixo”, rebateu o professor.
Ele registrou um boletim de ocorrência, abriu processo na Secretaria de Educação do Estado (Seed) e acionou o Sindicato dos Professores.