Macapaenses começam a entrar no clima, mas exemplos são poucos

Em bairros da zona norte, moradores se dividem entre o otimismo e a crítica sobre a Copa e o Brasil
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ANDRÉ SILVA

Andando pelas ruas de bairros da zona norte da Macapá, é possível ver que o espírito da Copa ainda não contagiou muita gente. Ruas que já tiveram seus dias de glória, tomadas por bandeirinhas em verde e amarelo, desenhos da Bandeira do Brasil e dos mascotes do mundial de futebol no asfalto e na frente das casas, esse ano não viram um pingo de tinta e nem de TNT.

Alguns dizem que é porque a Seleção Brasileira está desacreditada. Outros, porque a situação do país não é boa. Mas existem aqueles otimistas que, mesmo em tempos difíceis, continuam acreditando no sonho do hexa.

Laguinho

Nonato Machado, de 53 anos (foto de capa), que mora na Avenida Ana Nery, no Bairro do Laguinho, é um desses otimistas. Ele disse que os enfeites já são tradicionais e que a via já foi várias vezes premiada em torneios de ruas decoradas no período de Copa do Mundo. O evento, segundo ele, era promovido  pelo governo do Estado. A rua foi quatro vezes campeã.

Apesar da falta de concursos, moradores da Avenida Ana Nery mantiveram a tradição. Fotos: André Silva

Fachadas das casas não escapam dos torcedores

Ele e os vizinhos fizeram um vaquinha para comprar a tinta e retirar de um terreno de um amigo as varas de bambu que seguram as bandeirinhas que enfeitam a rua. O grupo também fez as pinturas no asfalto e se revezou na confecção das bandeirinhas.

“Infelizmente, a gente ficou triste por não ter o concurso das ruas. Não pela premiação, mas pelos títulos que só a Ana Nery tem. Estamos confiantes que a Seleção vai trazer esse caneco pra gente”, declarou o morador.

Marlos mostra fachada com orgulho

 

Marlos Zona Norte, de 42 anos, acha que a Copa representa tudo de bom para o país. Ele acredita que a Seleção Brasileira, apesar das dificuldades, pode trazer mais um título para o Brasil. Na casa dele, os vizinhos pintaram a taça e o mascote da competição este ano.

“A Copa do Mundo representa muito para o brasileiro, ainda mais que somos penta campeão. Há muitos anos a gente trabalha junto com a família da Ana Nery [avenida] enfeitando a rua e pra mim é muito bom isso”, comentou.

Jovens do Parque dos Buritis decidiram entrar no clima

Pacoval

Andando um pouco mais, percebemos que nem todos estão otimistas. Na Avenida Pedro Américo, no Pacoval, o espírito da Copa chegou bem devagar. Os poucos enfeites tentam alegrar a rua. Nela, não conseguimos ouvir nenhum morador.

Avenida Pedro Américo, no Bairro do Pacoval

São Lázaro

O juiz arbitral Erivam Trindade, de 26 anos, mora na Rua José Alves Pessoa, no Bairro São Lázaro. Ele disse que a Seleção está desacreditada e que não está confiante no título.

“O país está tão desacreditado por tudo isso que tem acontecido que a população acaba não acreditando tanto na Seleção”, disse.

Rua no São Lázaro

Parque dos Buritis

No Bairro Parque dos Buritis, os moradores da Rua Yasmim dos Santos Brito estão animados com o torneio. Eles disseram que a Copa é um momento de diversão e descontração para o país. Eles acreditam que a Seleção pode trazer o hexa.

A vizinhança está fazendo verdadeiras obras de arte no asfalto.

“A gente sente muita alegria fazendo isso. É um prazer pra gente ver nossa rua assim”, disse Caio Dias da Costa, de 20 anos.

Max Menezes, no Parque dos Buritis

Seles Nafes
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