ANDRÉ SILVA
Os moradores do Bairro Morada das Palmeiras, na zona norte de Macapá, voltaram a reclamar da falta de água. A associação de moradores informou que as equipes da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) já estiveram mais de 28 vezes no bairro em menos de 40 dias e não resolveram o problema.
A reportagem do portal SELESNAFES.COM esteve no bairro há menos de quinze dias e confirmou a situação que passa a comunidade.
Os moradores dizem que tudo começou após o grande apagão que aconteceu no Brasil que afetou as regiões Norte e Nordeste do país, inclusive Macapá, em março deste ano. Desde então, a falta de água que já ocorria antes, se tornou ainda mais constante.
“É preciso fazer alguma coisa. A presidente da associação até tenta, mas nada é resolvido. Queremos uma solução”, disse Maria Antonia, de 36 anos.
A presidente da Associação de Moradores do Bairro Morada Das Palmeiras, Andreia Tolentino, disse que o problema já se arrasta por oito anos. Ela já emitiu vários ofícios à Caesa solicitando uma solução. No entanto, segundo ela, quando os técnicos realizam a vistoria no local não conseguem encontrar a origem do problema.
Uma das hipóteses, segundo ela e os técnicos, é que alguém esteja sabotando a água ou a estrutura que compreende o poço e a bomba, não suportando a demanda do bairro.
Outra suspeita levantada por ela é a de que, por conta da grande maioria dos moradores terem instalado bombas d’água na rede do bairro, a estrutura acabe sugando grande parte do líquido, o que acaba deixando os outros moradores desabastecidos.
“Eu já cansei de fazer intervenções nos grupos de Whatsapp pedindo que as pessoas desliguem essas bombas. Eles querem as caixas cheias e não se importam com os vizinhos”, disse a presidente da associação.
Ela disse que a solução seria a Caesa aumentar o poço e aumentar a potência da bomba e cobrar uma taxa dos moradores pelo serviço de abastecimento. Outra seria a própria comunidade fazer o investimento que segundo ela seria de aproximadamente R$ 20 mil.
A reportagem tentou contato com a Caesa, mas não teve retorno.