Amapaense invade Mazagão Velho atrás de bênçãos e diversão

Ponto alto da festa teve missa, círio e a famosa batalha entre mouros e cristãos
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De Mazagão Velho, SELES NAFES

O amapaense tomou conta das ruas de Mazagão Velho, a 64 quilômetros de Macapá, para acompanhar o ponto alto da festa de São Tiago, nesta quarta-feira (25). Missa, círio e o famoso teatro a céu aberto foram as principais atrações, mas os jovens também encontraram locais para dançar e conhecer outras pessoas.

A festa começou por volta das 8h com uma missa campal para cerca de três mil pessoas, ao lado da principal praça da vila. Na quadra da praça, dezenas de integrantes da Pastoral da Juventude acompanharam a cerimônia entoando cânticos e orações.

“Aqui temos jovens de Mazagão Novo e de Fazendinha. É uma integração e a oportunidades que esses jovens têm para conhecer essa tradição”, disse Luís Vinhas, de 19 anos.

Local com aparelhagem. Fotos: Seles Nafes

Em seguida, um círio seguiu pelas ruas acompanhando as imagens de São Tiago e São Jorge escoltadas por cavaleiros até a igreja em frente ao Rio Mutuacá. Diz a história que os guerreiros Tiago e Jorge lutaram bravamente juntos contra os muçulmanos (mouros) na defesa do Cristianismo.

Em seguida, foi a vez de acompanhar o teatro a céu aberto com a encenação dos momentos que antecederam a batalha entre os mouros e cristãos.

A guerra, ocorrida na África há mais de dois séculos e meio, obrigou as primeiras famílias marroquinas a migrar para o Amapá, fundando a Vila de Mazagão Velho. A festa que lembra os principais momentos da guerra é realizada há 241 anos, atraindo amapaenses de todos os municípios.

Missa campal atraiu mais de três mil pessoas

Pastoral da Juventude fez uma corrente de fé

Luis Vinhas: oportunidade de integração e conhecimento da tradição

Padre falou com os perigosos para a juventude

Círio seguiu pelas principais ruas de Mazagão Velho

Cavaleiros conduziram o círio

Por volta do meio-dia, houve um leilão. Entre os itens oferecidos estavam canoas, bois e grandes porções de camarão no bafo.

Em seguida, a passagem do “Bobo” levou os espectadores nas arquibancadas ao delírio. Todos os anos, um cavaleiro galopa a mais de 50 quilômetros por hora debaixo de uma chuva de bagaços de laranja. Na história, o Bobo era um cavaleiro espião dos mouros que foi apedrejado pelos cristãos.

Paralelo ao teatro, a Vila de Mazagão Velho foi tomada por vendedores ambulantes, artesãos e pequenos comerciantes vendendo bebidas e alimentos. A programação, que começou no dia 16, encerrá no próximo fim de semana, dia 28, com a programação infantil.

Artesanato…

…e outros tipos de mercadorias tiveram espaço garantido

Momento da passagem do “Bobo”, espião dos mouros

 

Seles Nafes
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