GEA sorteia apartamentos no Macapaba. Invasores continuam na calçada

Invasores de apartamentos do Macapaba II que foram despejados pela Justiça Federal agora ocupam calçada no conjunto. Fotos: André Lima
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ANDRÉ SILVA

Mais de 200 apartamentos do conjunto Cidade Macapaba – empreendimento do Programa Minha Casa, Minha Vida – na zona norte de Macapá, foram sorteados na sexta-feira (27), para as famílias que moram no Canal do Jandiá, área com reintegração de posse em andamento.

Famílias dizem que não deixarão o local até que o Estado lhes deem uma moradia

Enquanto isso, os invasores que foram retirados há duas semanas dos apartamentos por determinação da Justiça Federal, continuam acampados na calçada de uma escola do conjunto.

De acordo com a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims), das 380 famílias que devem deixar a área, que será reintegrada à Infraero em breve, apenas 293 estão aptas para receber uma casa do programa. Desse total, somente 209 participaram do sorteio.   

Secretária adjunta da Sims, Gleide Machado

“Como o Macapaba tem apenas essas 209 unidades desocupadas, nós só tivemos essas para sortear, mas essas pessoas que ainda faltam receber, com certeza serão assistidas”, afirmou a secretária adjunta da Sims, Gleide Machado.

Os invasores

Desde que ocorreu a reintegração de posse no Cidade Macapaba, no dia 16 de julho, cerca de 60 famílias ocupam a calçada da Escola Estadual Antônio Munhoz Lopes e do centro comunitário do conjunto. Eles armaram lonas e redes no local.

“O Estado lavou as mãos e disse que nós não somos problema dele. Aí, eu contesto, pois somos cidadãos amapaenses, onde que o Estado não pode amparar a gente? Eles tinham combinado que iriam conseguir um aluguel social para nós, pois não temos para onde ir, mas até agora nada”, reivindicou Cléo de Jesus Oliveira, 32 anos. Ele, a esposa e os dois filhos ocupam a calçada da escola.

Cléo de Jesus Oliveira, a esposa e os dois filhos ocupam a calçada da escola

A Sims informou que o valor referente ao aluguel social que seria destinado a essas famílias, foi repassado à Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast) para que os pagamentos sejam efetuados pelo órgão municipal.

A Semast, contudo, afirmou que dos R$ 800 mil que deveria receber do Governo do Estado, recebeu apenas uma parte desse valor. A secretaria não disse qual foi o valor repassado.

Seles Nafes
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