No lugar de pacientes, ladrões e viciados. Obra se arrasta há 18 anos

Obra se arrasta por 18 anos e está deteriorada. Fotos: André Silva/SelesNafes.com
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ANDRÉ SILVA

Completaram 18 anos o início das obras do Hospital Metropolitano, localizado na zona norte de Macapá. Projetado para desafogar o Hospital de Emergência, hoje tem servido de abrigo para moradores de rua e esconderijo para ladrões.

Obra está abandonada

Pessoas que passam e trabalham próximo do local relatam que os assaltos são constantes. A situação piora quando anoitece. Karina Tainara, de 19 anos, que tinha apenas 1 ano de idade quando as obras iniciaram, trabalha em um mini box que fica no Bairro São Lázaro, em frente ao hospital. Ela disse que evita passar em frente ao prédio. Na semana passada, a mãe dela foi assaltada próximo ao local e o assaltante correu para dentro do prédio.

Karina já testemunhou assaltos no local

“Eu acho que isso é um desperdício. Eles gastaram dinheiro para construir e não terminaram. A intenção dos bandidos é de entrarem porque tem até gente que mora aí. É horrível”, declarou a jovem.

Aldenice tem medo de se aproximar à noite

Aldenice de Sousa Santos, 25 anos, vende títulos de capitalização em frente a obra. Ela já testemunhou várias situações onde pessoas vão para dentro do local consumir drogas ou se esconder. “Uso de droga. Roubo. Eles roubam e entram para se esconder. Da feita que eles entram, a polícia não consegue mais achar. Muitas pessoas que ficam jogadas lá nos hospitais do centro, poderiam estar aqui nesse”, lamentou.

Paralisações

Os trabalhos de construção do hospital que iniciaram em 2001, foram paralisados pela primeira vez em 2005, depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Pororoca, que apurava irregularidades nos recursos para a obra. A segunda vez foi em 2012, quando a empresa responsável pela construção declarou não ter recursos para dar continuidade ao trabalho.

O que foi construído já estádeteriorado

O portal SelesNafes.com entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), poder responsável pela obra. Até o horário de publicação desta reportagem, o portal não obteve retorno.

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