Papaléo confirma ter “carta bomba”, e chama secretários de “Menudos”

Em entrevista ao portal SN, Papaléo Paes disse Waldez quebrou a palavra dada em 2014 e reiterada depois
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SELES NAFES

O vice-governador do Amapá, Papaléo Paes (PSD), já dá como certa sua substituição na chapa de Waldez Góes (PDT) pelo empresário Jaime Nunes (PROS). Em entrevista ao portal SELESNAFES.COM na tarde desta sexta-feira (27), Papaléo disse que escreveu uma “carta-bomba”, e que Waldez tem sido influenciado por três secretários que ele chamou de “Menudos”.

Papaléo Paes criticou a nota publicada pelo PDT onde o partido diz que a construção da candidatura do vice está sendo dialogada com aliados.

“Inócua. Não tenho nada a ver com partido. Meu assunto é pessoal de compromissos assumidos do Waldez comigo antes de eu aceitar ser vice dele pela primeira vez. Eu propus ser o candidato dele ao Senado (em 2018). Ele respondeu (em 2014): se eu estiver bem para tentar a reeleição você será meu senador”, comentou.

Com o acordo sacramentado e Waldez eleito, começava um período de bonança que durou até abril deste ano. Duas semanas antes do fim do prazo para desincompatibilização (7 de abril), o governador teria pedido para que ele continuasse sendo o vice.

“Ele disse que era muito importante para ele, e eu aceitei na hora. Chegou uma pessoa da imprensa e até viu quando nos emocionamos”.

Vice-governador Papaléo Paes: bonança durou quase 4 ano. Foto: Arquivo/SN

Nas semanas seguintes, no entanto, os dois não voltaram a falar mais no assunto.

“A gente não tocava no assunto porque pensei que estava tudo certo. Até que num dia em que estávamos tomando café, chegou um secretário lá, o Josenildo (Sefaz), dizendo que tínhamos que encaixar o Jaime, que a campanha ia precisar de recursos. Eu disse que não tinha mais como encaixar, que tinha o Lucas e o Gilvam para o Senado e eu como vice. Ele respondeu que eu tinha que entender que estamos num projeto. Isso me incomodou”.

No último dia 23, desconfiado, Papaléo Paes diz que perguntou como estava a conjuntura. Waldez teria respondido que precisava de sete dias para dar uma resposta definitiva, prazo que vence na próxima segunda-feira (30).

“Eu falei para ele que estava numa situação complicada, porque estava sendo excluído da vida púbica em confiança à palavra dele. E falei que ele (Waldez) vai ter que explicar para a sociedade porque me tirou para colocar um mega-milionário”.

Papaléo Paes: suposta carta será divulgada no momento certo

Papaléo Paes diz que não vai esperar até segunda-feira.

“A resposta já foi dada, é o silêncio. Está tudo acertado entre eles. Agora vou esperar tudo se concretizar, e no dia 7 darei uma entrevista coletiva para dar um esclarecimento oficial. Não estou brigando para ser vice, mas terei que esclarecer que foi uma quebra de palavra. Nada a ver com o PSD ter ido para outro lado. Isso nem tá certo. O que o Davi ofereceu para eles (PSD) é bom, mas não me vincula”.

Carta-bomba

Sem entrar em detalhes, Papaleo Paes revelou ao portal SN que teria escrito uma carta-bomba.

“Vou avaliar quando vou divulgar”, adiantou.

Papaléo Paes terminou a conversa falando que Waldez estaria sendo influenciado por três secretários que ele chamou de Menudos, com um deles bastante arrogante.  

 

 

 

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