ANDRÉ SILVA
Lotes abandonados no bairro do Ipê, na zona norte de Macapá, estariam sendo usados por bandidos para esconder objetos roubados e praticar estupros. Os moradores temem pela segurança deles e dos filhos, já que boa parte desses locais são escuros e cheios de mato.
Construções abandonadas servem para bandidos praticarem estupros
Segundo a Associação de Moradores do Bairro Ipê, chega a 100 o número de lotes abandonados. Alexandre Menezes, presidente da entidade, disse que chegou a ir na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Semduh), mas foi orientado a procurar o Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap).
Alexandre Menezes, presidente da Associação de Moradores do Bairro Ipê. Fotos: André Silva/SN
“A gente foi lá e o Imap diz que não pode fazer nada por esses terrenos, assim como todo o Ipê, está em processo judicial. Enquanto eles estão abandonados, servem para bandido guardar roubo, estuprar e outras coisas”, confirmou o presidente.
Ele disse que se a prefeitura ou nenhum dos poderes tomar alguma atitude, a associação vai limpar e se apropriar dos terrenos abandonados e doar para famílias que precisam.
Andreza Bandeira: “Tenho uma filha e não gostaria que ela fosse arrastada para dentro de um lugar desses”
A mecânica de motocicleta, Andreza Bandeira, 35 anos, contou que mora no bairro há mais de dez anos, tempo em que muitos terrenos e casas estão abandonados.
“Tenho uma filha e não gostaria que ela fosse arrastada para dentro de um lugar desses, porque traria muito transtorno para minha família. A gente pede ajuda do poder público, que eles possam desapropriar essas casas e dar para quem precisa”, sugere a moradora.
Construções e terrenos abandonados estão por todo o bairro
Os terrenos e casas abandonadas estão por todo o bairro, mas os moradores dizem já ter presenciado criminosos usando o local para esconder objetos roubados em construções abandonadas nas ruas Jaborandi e na Travessa Cupiaba.
A Semduh informou ao portal SELESNAFES.COM que enviará uma equipe de fiscalização ao bairro para notificar os terrenos que estiverem em situação de abandono.
Foto de capa: André Silva/SN