ANDRÉ SILVA
Fechado há quatro anos para reforma, o Museu Joaquim Caetano deixa de atender não apenas turistas, mas estudantes que precisam realizar pesquisas sobre a história do Estado onde vivem. O local guarda verdadeiras relíquias, como artefatos de civilizações que habitaram o Amapá há 1 mil anos.
Marta de Carvalho, 24 anos, é amapaense e, atualmente, trabalha nas ruas da cidade divulgando uma universidade privada. Ela disse que, quando cursava o ensino médio, precisou muitas vezes ir até o museu para fazer pesquisas.
Marta Carvalho: “Aí dentro tem muito da essência do amapaense, a história do Estado está aí”. Fotos: André Silva/SN
“Tá fechado há tanto tempo. Aí dentro tem muito da essência do amapaense, a história do Estado está aí. Os alunos que precisam saber mais sobre a história do estado não têm o museu aberto para fazer isso”, reclamou.
A turista Lara de Mello, 62 anos, mora em Pernambuco. Ela está no Amapá em visita ao filho. Lara é professora aposentada e reconhece a importância do museu como fonte de pesquisa, sobretudo, para os alunos em formação.
“Como professora, em Pernambuco, eu levava meus alunos para conhecer os museus de lá. Um museu como esse, fechado, é prejudicial à história do próprio Estado, porque as pessoas, como eu, que vêm de fora, deixam de conhecer e levar consigo um pouco da cultura do Amapá para divulgar lá fora”, avaliou a experiente professora.
Localizado no Centro de Macapá, Museu Joaquim Caetano está fechado desde 2014
A Secretaria de Estado de Cultura informou que os trabalhos de recuperação do espaço estão concluídos, resta apenas sanar a questão da energia elétrica no local. A secretaria não informou quando irá reabrir o museu.
Foto de capa: André Silva/SN