ANDRÉ SILVA
Três jovens amapaenses desenvolveram um projeto voltado ao acolhimento de adolescentes que sofrem problemas com depressão e que tenham tendência suicidas. Eles foram convidados para apresentar o trabalho em uma feira que acontecerá em Minas Gerais, entre os dias 14 e 17 de agosto. Porém, o grupo precisa de ajuda para se manter no evento. Assista:
O projeto “Sorriso de Papel” foi desenvolvido pelos amigos Paulo Rodrigo, de 16 anos; Ruane Pantoja, de 17 anos; e Wictória de Moura Teles, de 18 anos. Em suma, o trabalho consiste em colocar caixinhas coletoras nas escolas onde os alunos possam ter acesso, escrever em um papel seu problema e depositar ali. O objetivo é identificar essas pessoas e encaminhá-las para a assistência profissional.
Segundo Paulo Rodrigo, o projeto foi pensado para a área social e visa atender adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade e combater a depressão e o suicídio nesta faixa etária.
“Que é justamente a fase de transição do período da adolescência para chegar até a fase adulta. Essas pessoas que não têm o apoio psicológico pela parte do Estado, falando de saúde publica, acabam extravasando de outras formas. Muitas vezes chegam a mutilar seu corpo e até mesmo cometer o suicídio”, justificou o jovem.
A inspiração para o projeto veio depois que o estudante passou por um problema de ansiedade na fase de adolescência. Ele contou que foi buscando ajuda do poder público e percebeu que essas pessoas se encontram desamparadas.
“Pra mim foi uma fase muito difícil. É como se ninguém te entendesse e você se sente sozinho no mundo”, relatou Rodrigo.
O jovem lembra que o Amapá tem a taxa de suicídio mais alta do Brasil, por isso o motivo do projeto ser levado para todas as escolas do Estado e do país.
Trabalho aprovado
O trabalho deles foi qualificado para ser apresentado na 2ª Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic) na cidade de Mateus Leme, em Minas Gerais. Eles conseguiram a aprovação após apresentá-lo em uma feira de ciência local.
As passagem para os jovens chegarem até o destino foram compradas pelo presidente da ONG Carlos Daniel, Agenilson Pereira. Ele é um dos orientadores dos jovens no projeto.
“Se esperar pelo poder público para eles chegarem lá, isso não vai acontecer, por isso estamos pedindo ajuda para a estadia deles, pois as passagens já temos”, disse Pereira.
A equipe junto com o coordenador, embarca dia 13 para a cidade mineira e para se manter lá precisam de ajuda financeira. Quem puder colaborar pode acessar o site da vaquinha virtual que eles começaram no endereço https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sorriso-de-papel-na-femic, ou entrar em contato pelo fone 99165-4007.