Professores reclamam de superlotação e insegurança em escola no Macapaba

Instituição atende a estudantes do 1° ao 5° ano do ensino fundamental.
Compartilhamentos

RODRIGO INDINHO

Professores estão reclamando de superlotação nas salas de aula e do comportamento, segundo eles, agressivo entre alunos e contra funcionários da Escola Professora Marly Maria e Souza da Silva, localizada no conjunto Macapaba II, na zona norte de Macapá. A instituição atende a estudantes do 1° ao 5° ano do ensino fundamental.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que “o quantitativo de 40 alunos por sala se deve, em sua maioria, em decorrência de encaminhamentos feitos pelo Ministério Público do Estado, solicitando matrícula na Escola Marly Maria, no primeiro semestre de 2018”. O órgão negou ter havido agressão entre alunos e contra funcionários dentro da escola.

De acordo com os professores, que pediram para não serem identificados, no início do ano letivo a secretaria de Educação expôs para a escola que seriam 40 alunos para cada turma com dois professores. Depois de um tempo, eles dizem que a Seed deixou só um professor por classe.

“Imagine você trabalhar com 40 alunos, fica difícil para o professor ensinar e, principalmente, para o aluno aprender. Em uma reunião, a secretária informou que chegou uma nova lista do Ministério Público para alocar mais alunos e, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação [LDB], apenas 25 alunos seriam ideais para cada classe. A gente vive um sufoco aqui”, reclamou uma professora.

Na nota, a Seed afirmou que a secretaria disponibilizou dois professores para atuarem por turma, “para melhor atender aos estudantes, sem comprometimento na qualidade de ensino”, e acrescentou que não serão aceitas novas matrículas este ano para o educandário.

Fachada Secretaria de Estado da Educação Foto: Arquivo

Os professores reclamam também de falta de segurança na instituição.

“Pelo menos eu sinto. Na sexta-feira [31], por exemplo, houve uma agressão de um aluno contra aluno e depois contra a merendeira, foi apenas lanche [bolo] que ele jogou nela, mas, se deixarmos passar, logo será uma mesa, cadeira ou algo mais grave. A denúncia não é questão de anseio político, e, sim, de educação dos nossos jovens e condições de trabalho para todos”, falou outra educadora.

A esse respeito, a Seed esclareceu que “não houve agressão de um aluno a uma merendeira da Escola Estadual Professora Marly Maria e Souza da Silva, no Macapaba ll, como foi dito ao portal de notícias SelesNafes.com. O que ocorreu, foi que durante o lanche dos alunos, na última sexta-feira (31), uma das crianças jogou um pedaço de bolo em outra e acabou acertando sem querer um dos braços da merendeira que estava próximo. O fato foi levado à direção da escola que tomou as providências cabíveis, chamando os pais dos alunos para uma conversa e os alunos se desculparem com a servidora pelo ocorrido”, diz a nota.

O documento encerrou afirmando que a Escola Marly Maria conta com sistema de vigilância monitorada por câmeras e alarmes. “É importante ressaltar que os estudantes que apresentam comportamento diferente do adequado em sala, são encaminhados para atendimento pelo corpo técnico-pedagógico, bem como seus pais e responsáveis são chamados para comparecer à direção”, informa a nota, em referência à reclamação de insegurança dentro da escola.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!